quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ativistas do Femen protestam em SP contra assassinatos de prostitutas


Protesto foi realizado no bairro da Liberdade, região central de SP.
Na terça-feira (29), homem foi preso por cinco mortes na Zona Leste.


Ativistas do grupo feminista Femen Brasil protestam no bairro da Liberdade, no centro da capital, nesta quinta-feira (31), contra os assassinatos em série ocorridos na zona leste de São Paulo. Eduardo Sebastião do Patrocínio, de 42 anos, foi detido no último dia 24, sob suspeita de ter matado pelo menos cinco mulheres. A polícia investiga um sexto caso. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)Integrantes do Femen levaram cartazes contra morte de prostitutas na Zona Leste de São Paulo. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)
Ativistas do grupo Femen Brasil protestaram no bairro da Liberdade, na região centro da capital paulista, nesta quinta-feira (31), contra os assassinatos ocorridos na zona leste de São Paulo.

Protesto com cartazes
A polícia prendeu, na terça-feira (29), Eduardo Sebastião do Patrocínio, de 42 anos, que confessou ter assassinado cinco mulheres que ele afirmou serem garotas de programa em São Paulo. Segundo o preso, os crimes foram cometidos "por raiva" de não ter conseguido manter relações sexuais.

Em um vídeo divulgado pela polícia, Eduardo confessa que cometeu os assassinatos entre 2010 e janeiro deste ano. A polícia chegou ao assassino investigando o caso de Senira Leite de Oliveira, de 25 anos. O corpo dela foi encontrado no começo do mês, dentro de uma mala, no Itaim Paulista, na Zona Leste.
Quatro ativistas participaram do protesto nesta manhã. Até por volta das 14h30, a Polícia Militar não tinha informações sobre incidentes. As mulheres do grupo pintaram os corpos e levaram cartazes com referência aos crimes.
Em um dos cartazes estava escrito: "se você broxar, não tente nos matar". De acordo com as investigações, o suspeito dos assassinatos alegou que esganou as mulheres após consumir droga e não conseguir ter ereção para relações com as vítimas.
Cartazes das ativistas do Femen faziam alusão à declarações do homem preso pelos crimes na Zona Leste (Foto: Ale Vianna/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Cartazes das ativistas do Femen faziam alusão à declarações do homem preso pelos crimes na Zona Leste (Foto: Ale Vianna/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo).Fonte: G1Edição: Antonio Luis

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A boa vida de Demóstenes


Sem mandato e prestígio, o ex-senador Demóstenes

continua a desfrutar dos luxos da época de

 parlamentar. 

Comemorou o Réveillon num dos melhores restaurantes 

de Paris, frequenta uma badalada academia, faz 

tratamentos em clínicas estéticas e degusta vinhos

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FELIZ E ASSOVIANDO 
No dia de seu aniversário, o ex-senador Demóstenes Torres saiu
de casa de terno e gravata, mas não teve compromisso social: 
foi a uma clínica estética e comprou iguarias para o jantar
Apanhado nos grampos que ajudaram a condenar o contraventor Carlinhos Cachoeira a 39 anos e 8 meses de prisão, o ex-senador Demóstenes Torres perdeu o mandato de senador em junho de 2012 e foi afastado do Ministério Público de Goiás. Seis meses depois, porém, embora desprovido de cargo e prestígio, o ex-parlamentar do DEM não perdeu a pose nem a boa vida sustentada por luxos e prazeres dos tempos de parlamentar, quando foi considerado no Congresso uma espécie de paladino da ética, antes de ser flagrado em tramoias com o bicheiro. A fama de mocinho acabou, mas sua rotina continua à base do bom e do melhor.


Na quarta-feira 23, em seu primeiro aniversário depois da queda, assistiu-se a uma pequena romaria na entrada do condomínio Parque Imperial, em Goiânia, onde Demóstenes reside num apartamento avaliado em R$ 2 milhões. Vestido de paletó e gravata, Demóstenes saiu de casa pouco depois das 9 da manhã. Ocupado, conforme um assessor, com os preparativos de um jantar de aniversário, assumiu o volante de uma Vera Cruz Hyundai e passou duas horas fora de casa. No fim da tarde, saiu mais uma vez, dirigindo-se a uma clínica estética. No carro com o vidro semiaberto, dava tchauzinho para quem o reconhecia. Em sua vida sem mandato, Demóstenes tem aproveitado para fazer testes frequentes de popularidade.
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Semanas antes de comemorar seu aniversário, o ex-senador saiu-se bem quando enfrentou 20 minutos de fila no Vapt-Vupt – nome do Poupatempo em Goiânia – para trocar o passaporte diplomático, a que tinha direito como senador, pelo comum. Foi reconhecido por cidadãos anônimos, que tiraram fotos com celular. A maioria o aplaudia, mas a funcionária Raquel Silva enquadrou a equipe de atendentes que ameaçava entrar na algazarra: “Coloquei o Demóstenes numa fila. Quando o pessoal foi tirar foto, igual a uma celebridade, eu disse: ‘Menos, gente, menos.’” Dias depois da cassação ele foi à rodoviária para renovar a carteira de motorista. Recebeu abraços e cumprimentos. O mesmo aconteceu em suas idas a supermercados. 


A situação se inverte quando Demóstenes aparece nos lugares mais nobres da capital de Goiás. Numa badalada academia de ginástica localizada na Praça do Ratinho, que frequenta há anos, o tratamento é outro – revelam os funcionários. Antes, as pessoas daquele local, um dos pontos de concentração do mundo endinheirado da cidade, formavam rodinha para ouvir histórias e perguntar sua opinião. Na última semana, foi visto sozinho, como uma companhia a ser evitada. Um motorista de táxi que costuma levar Demóstenes até o aeroporto conta que recentemente ele estava muito animado e falante até a metade do caminho. Mas, quando o carro passou pelo rio Meia Ponte, ocorreu uma cena significativa. Chovia muito naquele dia, e o taxista comentou: “O rio Meia Ponte está parecendo uma cachoeira.” Ele conta que após ouvir a palavra “cachoeira” Demóstenes amarrou a cara e fez o resto da viagem em silêncio. 


A vida de Demóstenes depois da queda tem elementos que lembram um melodrama do século XIX, mas vários capítulos poderiam ser escritos por Robert Parker, o mais celebrado enólogo do planeta. Em dezembro, Demóstenes esteve em Paris para passar o Réveillon e aproveitou a estadia para jantar no Taillevent, um dos mais exclusivos restaurantes da capital francesa. Situado a poucos passos da avenida Champs-Élysées e do Arco do Triunfo, o Taillevent serve vinhos que custam em média 1,8 mil euros, mas podem chegar a 18 mil euros, caso o cliente opte pelo Bordeaux Château Lafite-Rothschild, safra 1846. O gosto do ex-senador por vinhos raros e caros tornou-se conhecido nacionalmente depois que a Polícia Federal descobriu que Cachoeira lhe deu um lote de cinco garrafas do maravilhoso Bordeaux Cheval Blanc (nota mínima de 93 sobre 100 nas avaliações disponíveis de Robert Parker), pagando US$ 14 mil pela iguaria. Como se vê, longe do Senado e dos holofotes da televisão que ajudaram a transformá-lo num campeão da moralidade pública, Demóstenes continua um cálice refinado e aplicado.
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Hoje em dia ele só aparece em Brasília uma vez por semana e passa a maior parte de seus dias em Goiânia. Foi ali que, há poucos dias, num jantar no restaurante Madero, degustou uma garrafa de Pêra Manca (nota mínima de 86 na avaliação de Parker), que custa R$ 940. Em outra ocasião, numa visita à cantina San Marco, informou aos garçons que faria um pedido modesto, para uma refeição rápida. Pediu um Sirah Incógnito, português cujo preço é R$ 450 (87 sobre 100 na avaliação de Parker). Ficou contrariado porque o estoque havia acabado. Acabou servindo-se de um Malbec argentino, o Angélica Zapata, a R$ 300 a garrafa (a qualidade varia, mas Parker deu 91 para a safra de 1997). Ao reunir três procuradores para um encontro festivo, Demóstenes pediu um “Barca Velha”, que pode chegar a R$ 1,4 mil nas boas safras. Como brinde de Natal, Demóstenes distribuiu aos amigos e aliados políticos uma garrafa do sugestivo espumante português “Terras do Demo”, vendida a R$ 80. Procurado por ISTOÉ para uma entrevista, Demóstenes alegou que, orientado por seus advogados, preferia não dar depoimento nem responder a perguntas, mas ficou claro que ainda acumula poder no Estado. Instalada nas vizinhanças da residência do ex-senador, a equipe de ISTOÉ foi abordada por uma viatura policial, que pediu documentos.


Do ponto de vista legal, Demóstenes tem algumas complicações pela frente. Em agosto de 2012, com receio de que, mesmo sem mandato, ele ainda tivesse influência para livrar-se de qualquer investigação interna, 82 procuradores de Goiás assinaram um manifesto público exigindo que fosse aberta uma investigação sobre sua conduta. O caso hoje se encontra no Conselho Nacional do Ministério Público, que tem três opções pela frente. Pode transformar o afastamento temporário em permanente, sem maiores consequências para Demóstenes. Pode ainda aposentá-lo compulsoriamente, o que lhe permitiria conservar os vencimentos de R$ de 24 mil. Ou votar por sua demissão, que implicaria perda de qualquer benefício. 


Responsável por arquivar as primeiras denúncias sobre Cachoeira que chegaram ao Ministério Público, o procurador-geral, Roberto Gurgel, costuma fazer pronunciamentos enfáticos em que confirma a disposição de acelerar as investigações contra Demóstenes. Procurado para comentar o caso, o procurador-geral mandou dizer, através de uma assessora, que sempre atuou no Conselho de forma isenta, “sem qualquer interferência nas decisões, como qualquer co nselheiro poderá confirmar”. Na prática, o caso caminha devagar. Amigo de Demóstenes, o conselheiro Fabio Silveira foi sorteado como primeiro relator e depois de 20 dias declarou-se impedido, o que já atrasou o processo em um mês.
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A apreciação dos embargos apresentados pela defesa estava marcada para a terça-feira 29, mas já foi retirada da pauta, o que pode atrasar o exame geral do caso, inicialmente previsto para fevereiro. Com receio daquilo que, em outros tempos, Demóstenes denunciava como pizza, na semana passada três promotores do Ministério Público de Goiás circulavam por Brasília, procurando marcar audiências com os 13 conselheiros que terão a palavra final sobre o caso. “Queremos um julgamento justo, em tempo razoável,” afirma um deles, Reuder Cavalcanti. Ele entende que, numa decisão equilibrada, Demóstenes não deve ter direito a aposentadoria compulsória porque passou os 13 anos fora do Ministério Público. “É por causa desse afastamento que defendemos a demissão.” Para Luiz Moreira Gomes, que foi representante do Congresso no Conselho do Ministério Público, já conseguiu uma nova eleição pelo voto dos deputados e aguarda uma deliberação do Senado que pode reconduzi-lo ao posto, o episódio de Demóstenes tem um caráter exemplar. “A inércia foi uma demonstração de que o Ministério Público não adota para si a conduta criteriosa que exige dos outros,” afirma. 


Por causa de uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Demóstenes também enfrenta um inquérito criminal no Tribunal Federal Regional da 1a Região. É investigado por corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa. Esse processo é mais demorado e não tem prazo definido para chegar a uma conclusão. 


Ao perder o mandato, Demóstenes ficou inelegível até 2027. Há poucas semanas, contestando o período em que não poderá candidatar-se, ele apresentou recurso ao Tribunal Regional Eleitoral para rever a decisão. Perdeu, mas cabe uma segunda tentativa. As incertezas da Justiça colocam várias opções no futuro político do ex-senador. Ele não foi totalmente abandonado pelos antigos aliados nem será. Muitos deles têm interesse confesso em sua herança. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que atua na mesma fatia do eleitorado, prepara sua candidatura ao Senado em 2014 e conta com os votos de Demóstenes.
No plano pessoal, Demóstenes pensa em atuar como advogado de grandes empresas. Atualmente, além dos vencimentos como procurador (R$ 24 mil), Demóstenes tem rendimentos como sócio da Nova Faculdade, estabelecimento de ensino em Contagem, Minas Gerais. O dono da instituição é Marcelo Limírio, sócio de Cachoeira em redes de laboratórios de Goiás. Nas conversas em que fala de seus planos, Demóstenes tem dito que, se for condenado pelo Conselho da Magistratura, poderá advogar. Wellington Salgado, ex-senador e amigo fiel, já se dispôs a ajudar.


Colaboraram: Izabelle Torres e Claudio Dantas Sequeira
Fotos: divulgação; adriano machado; Directphoto
Foto: Adriano Machado

Fonte: Revista ISTOÉ Online
Edição: Antonio Luis

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Confira o desconto na tarifa de luz para cada distribuidora de energia


Plano que barateia energia começou a valer nesta quinta-feira (24).
Desconto para consumo residencial varia de 18% a 25,94%.


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Conta de luz - 24.01 v.1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na tarde desta quinta-feira (24) o percentual do desconto que será aplicado à conta de luz dos consumidores de baixa tensão (como residências) de cada uma das 63 distribuidoras de energia do país.(veja a lista no final da reportagem)

Nesta quinta-feira passou a valer o plano de barateamento de energia do governo federal, com desconto mínimo de 18% para residências e até 32% para indústrias. A medida vai exigir do Tesouro aporte de R$ 8,46 bilhões apenas em 2013.

O desconto total na conta de luz só vai começar a ser sentido por todos os brasileiros a partir do final de fevereiro, quando a entrada em vigor do plano completar um mês. Isso acontece porque cada distribuidora tem uma data diferente para a leitura dos relógios que marcam o consumo de energia e, consequentemente, o fechamento da conta.

O percentual de corte no valor da tarifa de energia para a baixa tensão, de acordo com a lista da Aneel, varia do mínimo de 18% até 25,94%, maior desconto da tabela e que foi garantido aos clientes da distribuidora Nova Palma Energia, que atende a 14,5 mil unidades consumidoras em nove cidades da região central do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Aneel, a variação no desconto está ligada ao fim da cobrança de encargos na conta de luz para subsidiar programas do governo federal, entre eles o que garantia financiamento para geração de energia por fontes alternativas e outros que beneficiavam agricultores.

O valor dos subsídios era dividido entre os consumidores da distribuidora onde os recursos eram aplicados. A partir dessa quinta, eles deixam de incidir sobre a conta de luz e vão passar a ser custeados com recursos do Orçamento da União, via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Tesouro
De acordo com o governo, a redução nas contas de luz dos brasileiros vai custar, em 2013, R$ 8,46 bilhões aos cofres Tesouro Nacional. Esse dinheiro será depositado na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que ficará responsável por financiar ações do governo, entre elas as medidas necessárias para promover o desconto na conta de luz.
Abaixo, o percentual de desconto para cada distribuidora de energia:
AES SUL - 23,62%
AMAZONAS - 18,22%
AMPLA - 18,00%
BANDEIRANTE - 18,08%
BOA VISTA - 18,14%
CAIUA - 18,08%
CEA - 18,04%
CEAL - 18,00%
CEB - 18,11%
CEEE - 18,13%
CELESC - 18,48%
CELG - 18,00%
CELPA - 18,83%
CELPE - 18,04%
CELTINS - 18,20%
CEMAR - 18,00%
CEMAT - 19,29%
CEMIG - 18,14%
CEPISA - 18,00%
CERON - 18,00%
CERR - 18,04%
CFLM - 20,92%
CFLO - 18,00%
CHESP - 18,01%
CJE - 18,34%
CLFSC - 19,66%
CNEE - 19,69%
COCEL - 18,41%
COELBA - 18,96%
COELCE - 18,05%
COOPERALIANÇA - 18,01%
COPEL - 18,12%
COSERN - 18,00%
CPEE - 23,38%
CPFL PAULISTA - 18,07%
CPFL PIRATININGA - 18,39%
CSPE - 18,01%
DEMEI - 18,36%
DMED - 18,08%
EBO - 18,00%
EDEVP - 18,16%
EEB - 18,65%
EFLUL - 18,17%
ELEKTRO - 18,47%
ELETROACRE - 18,01%
ELETROCAR - 18,07%
ELETROPAULO - 18,25%
ELFJC - 18,04%
ELFSM - 18,97%
EMG - 18,14%
ENERSUL - 18,24%
ENF - 18,07%
EPB - 18,01%
ESCELSA - 18,01%
ESSE - 18,00%
FORCEL - 18,01%
HIDROPAN - 18,50%
IGUACU - 18,11%
LIGHT - 18,10%
MUXFELDT - 18,55%
RGE - 22,00%
SULGIPE - 18,33%
NOVA PALMA - 25,94%
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Dilma confirma redução na conta de luz e critica 'pessimistas'


Corte na tarifa será de 18% para residências e até 32% para indústrias.
Presidente fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.


A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quarta (23), em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, a redução na tarifa de energia elétrica divulgada mais cedo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A presidente disse também que "fracassaram" as previsões daqueles que "são do contra" e, segundo ela, afirmaram que o governo não conseguiria baixar o custo da conta de luz.
Segundo Dilma, o corte na tarifa de energia para residências será de 18% e para a indústria, de até 32%, mesmos percentuais informados pela Aneel no início da tarde. Os cortes são ainda maiores que os anunciados pela própria presidente em setembro, quando ela afirmou que a redução média seria de 16% para residências e de até 28% para a indústria.
A nova tarifa entrará em vigor nesta quinta-feira (24), segundo anunciou a presidente, e será formalizada por meio de um decreto e de uma medida provisória.
Conta de luz  (Foto: Editoria de Arte/G1)
“A conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até 32% para indústria, agricultura, comércio e serviços. Ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia e ela irá crescer ainda nos próximos anos”, disse Dilma durante o pronunciamento, de pouco mais de oito minutos.
A prresidente criticou as previsões de que o corte na tarifa a ser anunciado seria menor do que o pretendido pelo governo.  “Como era de se esperar, essas previsões fracassaram”, afirmou. Para Dilma, “aqueles que são do contra estão ficando para trás”.
Em dezembro de 2012, o secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermann chegou a afirmar que não seria possível reduzir as tarifas no percentual anunciado inicialmente pelo governo devido à recusa de algumas empresas de energia. Rejeitaram as condições do acordo proposto pelo governo Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais), Copel (Paraná) e Celg (Goiás). Os quatro estados são governados pelo PSDB, que faz oposição ao governo federal.
“Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios [das hidrelétricas] baixaram e as [usinas] térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava e, agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas”, declarou Dilma, em referência ao fato de que a energia produzida pelas térmicas é mais cara que a das hidrelétricas.
Segundo a presidente, “cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor que o índice que havíamos anunciado”, afirmou.
Dilma esclareceu que mesmo a população dos estados cujas concessionárias de energia se recusaram a aderir ao plano terão suas contas de energia reduzidas. “Espero que em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa, venham a concordar com o que eu estou dizendo”, declarou.
Racionamento
A presidente Dilma Rousseff afastou a possibilidade de o país enfrentar racionamento de energia. Segundo ela, o Brasil “vive uma situação segura na área de energia” e o sistema do país “é um dos mais seguros do mundo”.
“O Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata. Isso significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo”, afirmou durante o pronunciamento.
Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios [das hidrelétricas] baixaram e as [usinas] térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram."
Presidente Dilma Rousseff
Ex-ministra de Minas e Energia durante o governo do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, Dilma apresentou dados técnicos da área energética.  Segundo ela, o país aumentará em mais de 7% a produção de energia em 2013 colocando em operação mais 8.500 megawatts de energia e mais 7.540 km de novas linhas de transmissão.
“Temos uma grande quantidade de outras usinas e linhas de transmissão em construção ou projetadas. Elas vão nos permitir dobrar, em 15 anos, nossa capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é de 121 mil megawatts. Ou seja, temos contratada toda a energia que o Brasil precisa para crescer e bem neste e nos próximos anos”, afirmou.
Dilma disse ainda que é “usual, normal e seguro” o acionamento das usinas termelétricas. Essas usinas foram acionadas no fim do ano passado para suprir a queda na geração de energia das usinas hidrelétricas. O acionamento foi necessário porque a pequena quantidade de chuvas do início do verão levou a níveis baixos os reservatórios das hidrelétricas.
“Não há maiores riscos ou inquietações”, disse a presidente. “Praticamente todos os anos as térmicas são acionadas”, declarou.
Dilma encerrou seu pronunciamento dizendo que o país venceu “o pessimismo e os pessimistas”. “Somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos nossa fé no Brasil acima dos nossos interesse políticos e pessoais”, afirmou.
Íntegra

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV:
Queridas brasileiras e queridos brasileiros,

Acabo de assinar o ato que coloca em vigor, a partir de amanhã, uma forte redução na conta de luz de todos os brasileiros. Além de estarmos antecipando a entrada em vigor das novas tarifas, estamos dando um índice de redução maior do que o previsto e já anunciado. A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata.
É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros. Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média. Ao mesmo tempo, estamos ampliando o investimento na infraestrutura, na educação e na saúde e nos aproximando do dia em que a miséria estará superada no nosso Brasil.
No caso da energia elétrica, as perspectivas são as melhores possíveis. Com essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico. Somos agora um dos poucos países que está, ao mesmo tempo, baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétrica. Explico com números: como acabei de dizer, a conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até 32% para a indústria, a agricultura, o comércio e serviços. Ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia, e ela irá crescer ainda mais nos próximos anos.
Esse movimento simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo. No ano passado, colocamos em operação 4 mil megawatts e 2.780 quilômetros de linhas de transmissão.
Este ano, vamos colocar mais 8.500 megawatts de energia e 7.540 quilômetros de novas linhas. Temos uma grande quantidade de outras usinas e linhas de transmissão em construção ou projetadas. Elas vão nos permitir dobrar, em 15 anos, nossa capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é de 121 mil megawatts. Ou seja, temos contratada toda a energia que o Brasil precisa para crescer, e bem, neste e nos próximos anos.
Minhas amigas e meus amigos,
O Brasil vive uma situação segura na área de energia desde que corrigiu, em 2004, as grandes distorções que havia no setor elétrico e voltou a investir fortemente na geração e na transmissão de energia. Nosso sistema é hoje um dos mais seguros do mundo porque, entre outras coisas, temos fontes diversas de produção de energia, o que não ocorre, aliás, na maioria dos países.
Temos usinas hidrelétricas, nucleares, térmicas e eólicas, e nosso parque térmico, que utiliza gás, diesel, carvão e biomassa foi concebido com a capacidade de compensar os períodos de nível baixo de água nos reservatórios das hidrelétricas. Praticamente todos os anos as térmicas são acionadas, com menor ou maior exigência, e garantem, com tranquilidade, o suprimento. Isso é usual, normal, seguro e correto. Não há maiores riscos ou inquietações.
Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de produzir um único kilowatt que precisava, e agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas.
Cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois, passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado.
Hoje, além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda a economia do país. Vamos reduzir os custos do setor produtivo, e isso significa mais investimento, mais produção e mais emprego. Todos, sem exceção, vão sair ganhando.
Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão, ainda assim, sua conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que eu estou dizendo.
Aliás, neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás, pois nosso país avança sem retrocessos, em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje, podemos ver como erraram feio, no passado, os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Os que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria. Os que não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média. Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário. Os juros caíram como nunca, o emprego aumentou, os brasileiros estão podendo e sabendo consumir e poupar. Não faltou comida na mesa, nem trabalho. E nos últimos dois anos, mais 19 milhões e 500 mil pessoas, brasileiros e brasileiras, saíram da extrema pobreza.
O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões alarmistas. Nos últimos anos, o time vencedor tem sido o dos que têm fé e apostam no Brasil. Por termos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos vivendo um dos melhores momentos da nossa história. E a maioria dos brasileiros sente e expressa esse sentimento. Vamos viver um tempo ainda melhor, quando todos os brasileiros, sem exceção, trabalharem para unir e construir. Jamais para desunir ou destruir. Porque somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos interesses políticos ou pessoais.
Muito obrigada e boa noite.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Preso no Piauí homem acusado de comandar tráfico de menores no país


Sebastião Soares da Silva, 61 anos, foi preso em Francisco Macêdo.
Ele é acusado de sequestrar Pedro Paulo Lemes, de 5 anos em Imperatriz,


Sebastião Soares da Silva teria trabalhado para o pai do menino Pedro Paulo, em Imperatriz (Foto: Divulgação/SSP MA)Sebastião Soares da Silva teria trabalhado para o
pai de Pedro Paulo, em Imperatriz, no Maranhão
(Foto: Divulgação/SSP MA)
Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Piauí (Greco), em parceria com a Polícia Civil do Maranhão, prenderam nesta terça-feira (22), Sebastião Soares da Silva, 61 anos, acusado de comandar uma quadrilha de tráfico de menores no país. A prisão aconteceu na cidade de Francisco Macêdo, localizada na região Sul do estado, a 391 quilômetros de Teresina.
De acordo com o delegado Menandro Pedro, presidente da Greco, Sebastião é acusado de sequestrar Pedro Paulo Lemes, de 5 anos em Imperatriz, no Maranhão, em junho do ano passado.
A polícia descobriu que Sebastião estava no Piauí planejando o sequestro de um empresário na cidade de Picos, localizada na região Sul do estado.
O homem será apresentado na tarde desta terça-feira na sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Piauí. "A polícia do Maranhão quer fazer o recambiamento do preso antes que ele seja apresentado à Greco. Entretanto, ele foi preso no Piauí e precisamos fazer aqui no estado os trâmites normais antes dele ser conduzido para São Luís", disse Menandro Pedro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP), Sebastião Soares da Silva deve ser transferido e apresentado em São Luís, ainda nesta terça-feira, na sede da SSP.
Com o acusado, a polícia apreendeu a quantia de R$ 5 mil, além de documentos falsos e uma espingarda (Foto: Divulgação/SSP MA)Com o acusado, a polícia apreendeu a quantia de R$ 5 mil, além de documentos falsos e uma espingarda (Foto: Divulgação/SSP MA)
Pedro Paulo (Foto: Arquivo pessoal)Pedro Paulo foi sequestrado de dentro de casa, no
Centro de Imperatriz  (Foto: Arquivo pessoal)
Entenda o caso
Pedro Paulo Lemes, de cinco anos, foi sequestrado de dentro de casa, no centro de Imperatriz, a  626 km de São Luís, no dia 27 de junho de 2012. Dois homens em uma moto levaram a criança e a babá como reféns. A quadrilha foi presa após ações das polícias do Maranhão, Pará e do Tocantins. O menino foi libertado no dia 10 de julho no distrito de Cicilândia, na cidade de Palmeirante, no Tocantins.
No dia 11 de julho, o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, afirmou em entrevista coletiva, que o principal mandante do sequestro do menino Pedro Paulo Lemes, seria um ex-funcionário do pai da criança, o empresário Jurandir Mellado.
As primeiras testemunhas do caso do sequestro do menino Pedro Paulo Lemes, começaram a ser ouvidas no mês de novembro do ano passado, em Imperatriz. Os acusados que respondem pelos crimes de sequestro qualificado e formação de quadrilha estão presos na central de custódia de Davinópolis. A pena dos envolvidos pode chegar a 20 anos de prisão.
Fonte: G1/PI
Edição: Antonio Luis

sábado, 19 de janeiro de 2013

QUE FASE: Espanha lidera e Brasil segue em 18º no ranking da Fifa


Falta de competições oficiais prejudica posição do 

time nacional

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O ranking da Fifa foi atualizado nesta quinta-feira e, como já era esperado, trouxe poucas novidades em relação à listagem anterior, publicada pela entidade em dezembro. Essa atualização levou em conta apenas 46 partidas disputadas, número pequeno devido ao recesso provocado pelas festas de fim de ano, e marcou a permanência do Brasil no modesto 18.º lugar, enquanto a Espanha segue absoluta na liderança.

No mês passado, a seleção brasileira caiu da 13.ª para o 18.ª posição e passou a amargar o seu pior posto na história do ranking, criado pela Fifa em 1993. Prejudicado pelo fato de não estar disputando as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, pois será o país-sede da competição, o Brasil só poderá começar a recuperar terreno nesta importante listagem mundial a partir de fevereiro, mês em que disputará o seu primeiro amistoso no ano, no dia 6, diante da Inglaterra, em Wembley.

A próxima atualização do ranking acontecerá em 14 de fevereiro e o grupo dos dez primeiros colocados de janeiro permaneceu sem alterações de posições em relação a dezembro. Atrás da Espanha, Alemanha, Argentina, Itália e Colômbia continuam nas respectivas segunda, terceira, quarta e quinta colocações, enquanto Inglaterra, Portugal, Holanda, Rússia e Croácia fecham, nesta ordem, o top 10.

Já o Equador conseguiu galgar um posto e passou a ocupar a 12.ª colocação, a melhor de sua história no ranking da Fifa. A Suíça, antes no 12.º lugar, caiu para o 13.º. Antes integrante do top 20, a Argélia caiu da 19.ª para a 22.ª posição e beneficiou Suécia, Bélgica e Japão, que subiram respectivamente para 19.º, 20.º e 21.º lugar.

Outro país que festejou a melhor classificação de sua história no ranking da Fifa foi o Haiti, que chegou ao 38.º posto após ter garantido presença na próxima edição da Copa Ouro. Em dezembro, o país de tradição inexpressiva no futebol ocupava o 39.º lugar.

Confira o ranking atualizado da Fifa:
1) Espanha, 1.606 pontos
2) Alemanha, 1.437
3) Argentina, 1.290
4) Itália, 1.165
5) Colômbia, 1.164
6) Inglaterra, 1.151
7) Portugal, 1.144
8) Holanda, 1.124
9) Rússia, 1.070
10) Croácia, 1.064
11) Grécia, 1.033
12) Equador, 1.007
13) Suíça, 1.004
14) Costa do Marfim, 996
15) México, 994
16) Uruguai, 975
17) França, 949
18) Brasil, 946
19) Suécia, 870
20) Bélgica, 868
Fonte: Revista ISTOÉ Online
Edição: Antonio Luis

O novo desafio de Marina


Ex-senadora volta à cena política, corre contra o

tempo para fundar seu próprio partido, 

mas já enfrenta resistências

Alan Rodrigues
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DIVISÃO
Antes mesmo de nascer, legenda “sustentável” já apresenta rachas internos
A pouco mais de um ano das eleições presidenciais, os principais partidos e pré-candidatos à sucessão da presidenta Dilma Rousseff já começam a movimentar as peças no tabuleiro político. Nas próximas semanas, será a vez da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva, entrar definitivamente no jogo eleitoral. Terceiro lugar na disputa de 2010 com quase 20% de votos, Marina estava reclusa desde o rompimento com o Partido Verde, há dois anos. Agora, pressionada pelo projeto político de concorrer ao Planalto em 2014 e pelo calendário eleitoral, que obriga os candidatos no próximo pleito a se filiarem a alguma agremiação partidária até um ano antes das eleições, Marina abraçou o pragmatismo e decidiu correr para fundar sua própria legenda. A ex-senadora marcará oficialmente sua volta à cena política no dia 7 de fevereiro, em Brasília, quando, ao lado dos militantes do Movimento Social Nova Política, fará a primeira reunião para decidir sobre os rumos da sigla a ser criada – o 31º partido brasileiro. “Não poderia me omitir diante do legado consistente que temos e que está propondo algo que, se não é um novo caminho, pelo menos é uma nova maneira de caminhar na política”, justifica Marina. “É preciso pensar a política para enfrentar a crise civilizatória que o mundo está vivendo”, filosofa ela.
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JUNTAS DE NOVO
Heloísa Helena deve se filiar ao novo partido de Marina Silva
Antes, porém, Marina precisará enfrentar um princípio de crise no próprio grupo destinado a discutir a nova legenda. É que entre eles há os que trabalham contra a criação do partido. São os internamente chamados de “sonháticos”. No que depender dessa corrente do Movimento Social Nova Política, o grupo deveria apenas debater e apresentar propostas alternativas para o País, sem enveredar pela fundação de mais uma sigla. Do outro lado da trincheira estão os pragmáticos, onde se encontra Marina e aliados. “Essa polêmica será resolvida em Brasília. E, com certeza, será aprovado o surgimento do partido”, avalia Ricardo Young, atualmente vereador do PPS na capital paulista. O único consenso até agora é o foco na sustentabilidade.
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Para pôr um ponto final nessa querela, os militantes realizarão reuniões a partir desta semana em todos os Estados em que possuem representação. Aprovada a criação do partido, o grupo irá para as ruas na tentativa de colher as 500 mil assinaturas necessárias para o registro da legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com apoio de políticos experimentados, o partido de Marina poderá reunir desertores de siglas como PV, PT, PSol, PDT, PSDB e PPS. “O Brasil precisa de um projeto que supere essa farsa da polarização entre PT e PSDB”, entende a ex-senadora Heloísa Helena, que pretende embarcar em breve na nova canoa “marineira” ao lado de outros integrantes do Psol. 
Fonte: Revista ISTOÉ Online
Edição: Antonio Luis