Na internet, há pedidos de tratamento digno para os jegues. (Foto AE) |
De acordo com dado divulgado em junho de 2011 pela Associação Brasileira de Fabricantes de Motociclos, Ciclomotores, Motomotores, Bicicletas e Similares, a frota de motos no Nordeste cresceu 486% entre 2000 e 2010. Em 1967, o Nordeste tinha 7 milhões de jegues. Hoje, estima-se que tenha 1,2 milhão. Mesmo com a forte redução, a região é ainda superpovoada de jumentos, por causa da subutilização.
Para o secretário adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda, a exportação para a China criaria uma nova cadeia econômica no Estado, ao mesmo tempo em que seria uma solução para os jumentos que têm sido abandonados por donos de terra, que "fecham as porteiras ao animal".
Segundo o representante da empresa, Xiangquing Meng, a China abate 1,5 milhão de jegues por ano - 300 mil produzidos no país e o restante importado da Índia e da África. Espera-se aumentar o abate em 550 mil/ano.
De acordo com o protocolo, a empresa chinesa ficaria encarregada de dar assistência técnica com melhoria da genética e alimentação, enquanto o governo do Rio Grande do Norte buscaria linhas de crédito. A mão de obra local seria utilizada e o preço do animal, compatível com o mercado. Agricultores familiares seriam organizados e inseridos como produtores de jegues.
O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Jumento Nordestino, Fernando Viana, aprova a proposta, desde que o preço seja "justo". O interesse da China é pelo animal completo, que seria vendido abatido, tanto para consumo humano como para a indústria de cosméticos e de medicamentos.
A informação é a de que os chineses teriam visitado, em 2011, todos os Estados do Nordeste com a mesma proposta feita ao Rio Grande do Norte.
Fonte: Agencia Estado
Edição: Antonio Luis
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