quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jornalista Joelmir Beting morre aos 75 anos em São Paulo


Ele sofreu um Acidente Vascular Encefálico no domingo e estava em coma

O jornalista Joelmir Beting
O jornalista Joelmir Beting (Claudio Rossi)
Quatro dias depois de sofrer um  Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVE), o jornalista Joelmir Beting morreu no início da madrugada desta quinta-feira, aos 75 anos, em São Paulo. Ele faleceu à 0h55.  Joelmir estava em coma irreversível, segundo boletim médico divulgado nesta quarta pelo Hospital Albert Einstein, onde o jornalista estava internado desde 22 de outubro para tratar de uma doença autoimune (uma falha no sistema imunológico que leva as células de defesa a atacarem o próprio organismo).
Ele sofreu o AVE já internado no hospital e estava sedado, respirando com o auxílio de aparelhos e fazendo diálise. Após pouco mais de um mês de internação, apresentava melhora mas, antes de receber alta, sofreu o acidente vascular, segundo o hospital.
Joelmir nasceu em 21 de dezembro de 1936 em Tambaú (SP), a 260 quilômetros da capital paulista. Trabalhou na fazenda da família até se mudar para São Paulo em 1955, para estudar sociologia. Sobre a infância e a chegada do interior, escreveu em um perfil publicado em seu site oficial: "Fui bóia-fria aos sete anos de idade. Desembarquei em São Paulo com a roupa do corpo".
Ainda na época da faculdade, na Universidade de São Paulo (USP), começou em 1957 a trabalhar como jornalista, inicialmente na área esportiva. Suas primeiras experiências profissionais foram nos jornais O Esporte e Diário Popular. No rádio, ensaiou os primeiros comentários na Panamericana – que viria a se tornar a Jovem Pan. 
Chacrinha da economia – Sua carreira de mais de 50 anos, porém, foi dedicada principalmente ao jornalismo econômico, que procurava traduzir para o público usando uma linguagem coloquial e bem humorada. Em 1968, se tornou editor de economia da Folha de S. Paulo, jornal em que começou a publicar uma coluna reproduzida por dezenas de veículos de comunicação do país. Em 1991, mudou-se para O Estado de S. Paulo.
"A coluna diária foi meu pau-da-barraca profissional. Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de 'Chacrinha da Economia'", anotou o jornalista.
Autor de dois livros, Na Prática a Teoria é Outra (1973) e Os Juros Subversivos(1985), Joelmir escreveu ainda dezenas de ensaios para revistas e recordava sobretudo de um considerado "muito especial", sobre os efeitos da inflação no Brasil: Os Párias do Quatrilhão, publicado por VEJA no Natal de 1996.
O jornalista teve ainda passagens pelas rádios Gazeta e CBN. Na televisão, passou pela Bandeirantes – onde em 1982 foi o mediador do primeiro debate eleitoral da história da TV brasileira –, além da Record, Gazeta e Globo, onde trabalhou por 18 anos, incluindo o canal a cabo Globonews. Em 2004, voltou ao Grupo Bandeirantes. Desde então, mantinha colunas no rádio e era comentarista dos telejornais da emissora. 
Palmeirense e apaixonado por futebol, Joelmir teve a ideia de homenagear Pelé com uma placa por um gol antológico, marcado contra o Fluminense, em 1961, no Maracanã. Daí nasceu a expressão "gol de placa", sobre a qual o jornalista dizia: "Não sou o autor da expressão 'gol de placa'. Sou autor da placa que originou a expressão 'gol de placa'". Joelmir deixa a viúva Lucila, com quem se casou em 1963, e os filhos Gianfranco, publicitário, e Mauro, que seguiu a carreira de jornalista esportivo. 
Fonte: Revista VEJA Online
Edição: Antonio Luis

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Felipão é o novo técnico da Seleção, e Andrés deixa cargo na CBF


Comandante do penta será anunciado oficialmente na quinta-feira. 

José Maria Marin extingue a função do ex-presidente do Corinthians


Luiz Felipe Scolari participa de evento em Natal (Foto: Matheus Magalhães/GLOBOESPORTE.COM)
Scolari deixou o comando do Palmeiras em
setembro, antes do rebaixamento do clube
(Foto: Matheus Magalhães/GLOBOESPORTE.COM)
A CBF já acertou com um novo técnico para a seleção brasileira: Luiz Felipe Scolari é o substituto de Mano Menezes. A entidade, porém, não conta mais com um diretor de Seleções, já que Andrés Sanches deixou nesta quarta o cargo, que acabou extinto pelo presidente José Maria Marin. O anúncio oficial de Felipão, campeão mundial em 2002 com o Brasil, será feito na quinta, às 10h30m (de Brasília), no Rio de Janeiro.
Andrés pediu demissão do cargo de diretor de Seleções através de uma carta. Em São Paulo, Marin disse que a posição está extinta para a volta da função de coordenador, exercida nas Copas do Mundo de 1994 e 2006 por Zagallo, de 1998 por Zico e de 2002 por Antonio Lopes. Tetra nos Estados Unidos, Carlos Alberto Parreira é o mais cotado para assumir a tarefa de trabalhar na nova função.
Em seguida, Marin afirmou que o nome do novo técnico será revelado oficialmente na quinta, a tempo de participar do sorteio da Copa das Confederações, sábado. Felipão, que deixou o Palmeiras em setembro, conversou com Marin no último fim de semana e está com a família em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, mas vai desembarcar em São Paulo ainda nesta quarta para finalizar os últimos detalhes do contrato com a CBF.
Na última sexta, dia da demissão de Mano Menezes, uma fonte ouvida pelo GLOBOESPORTE.COM afirmou que Américo Faria, supervisor da Seleção até o Mundial de 2010, também voltaria com Felipão.
 - Vai voltar o bigode. E o outro bigode - disse a fonte, fazendo relação com os bigodes de Américo e Felipão, que trabalharam juntos na campanha do penta em 2002.
Presente na Soccerex - feira de negócios do futebol no Rio -, Américo disse que ainda não foi procurado, mas que aceitaria voltar à CBF:
- Primeiro, preciso receber o convite. Se isso acontecer, ficaria muito satisfeito e estaria pronto para assumir. Temos um período bom, que será facilitado pela experiência dos dois profissionais. Já existe uma base e acho que não seria problema nenhum.
Nos últimos dias, os nomes de Tite e Muricy Ramalho, inicialmente cotados, nem foram mais comentados nos bastidores da entidade, que se uniu em torno de Felipão, principalmente com o enfraquecimento de Andrés Sanches, que era contra o nome do treinador e entregou sua carta de demissão na manhã desta quarta. Durante esta semana, houve um encontro entre dirigentes da CBF e o provável novo comandante, que tem, principalmente, o respaldo do presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero.
Felipão deverá escolher seus auxiliares e um dos nomes indicados por Marin é Milton Cruz, observador-técnico do São Paulo há 18 anos. O presidente deseja um homem que faça o intercâmbio entre o vestiário e a diretoria, e já havia sugerido Milton anteriormente, só que Mano não tinha um relacionamento dos melhores com o auxiliar. Luiz Felipe Scolari não deverá fazer oposição à escolha.
luiz felipe scolari felipão brasil copa do mundo 2002 (Foto: Agência Getty Images)Felipão comemora na Copa de 2002: técnico volta dez anos após o penta (Foto: Agência Getty Images)
Marin resolveu apressar o anúncio do novo técnico para que ele esteja presente nos eventos da Fifa, esta semana, que vão culminar no sorteio dos grupos da Copa das Confederações, no sábado. Será a primeira competição do sucessor no comando da Seleção e, até lá, ele deverá ter apenas cinco partidas no comando da equipe
Situação de Andrés ficou ruim após críticas à decisão de MarinAo trocar o nome de “diretor de seleções” para “coordenador da Seleção”, um dos intuitos de Marin é poder tirar um dirigente do cargo, no caso, Andrés, e substitui-lo por um técnico, que deverá mesmo ser Carlos Alberto Parreira. Tetracampeão do mundo em 94, ele também mantém contatos com a CBF há algum tempo.
Andrés ficou contrariado com a demissão de Mano Menezes, na última sexta, e avisou que deixaria o cargo no início da semana. Mas alguns notáveis - em especial Ronaldo - tentaram convencê-lo a permanecer. Após declarações no Soccerex, segunda - quando disse que a "tendência era sair" e criticou a decisão da CBF em mudar de treinador -, a situação ficou insustentável. Marin disse a interlocutores:
- Depois dessa entrevista… para mim o Andrés já saiu.
Na terça, o ex-presidente do Corinthians adotou um tom mais ameno e disse que pretendia até participar do sorteio da Copa das Confederações como representante da CBF. No entanto, na manhã desta quarta-feira, entregou sua carta de demissão na sede da entidade, no Rio, mas sem contato com Marin, que estava em São Paulo participando da visita de membros da Fifa e do COL (Comitê Organizador Local da Copa) à obra do estádio do Corinthians em Itaquera.
- Pensei que fosse encontrar o Marin aqui hoje - disse, após pedir demissão.

Andres Sanchez soccerex (Foto: TASSO MARCELO/Agêcia Estado)
Andrés esteve no Rio segunda-feira e voltou a criticar demissão de Mano (Foto: Agêcia Estado)

Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

Para matar a sua sede de glamour... a água mais cara do mundo! Sabe quanto?


Feita de ouro, diamantes e um vidro mais fino que cristal, a embalagem é quase 

uma obra de arte e o conteúdo tem flocos de ouro comestíveis!



garrafa agua (Foto: Divulgação)

Perfume? Bebida exótica? Óleo afrodisíaco? Nada disso. Nessa garrafa linda aí, o que tem mesmo é água. Sim, essa embalagem toda glamourosa foi feita especialmente para vender a água mais cara do mundo. Também não é pra menos. Os 500 ml do líquido tem refinados flocos de ouro comestíveis e atende pelo nome de Aurum 79.

E é claro que uma água tão especial como essa merece uma atençãozinha a mais. A embalagem não poderia ser menos luxuosa e é feita de um vidro mais fino que o cristal e coberta com ouro e diamantes. O valor? Nada menos que U$ 900 mil (aproximadamente R$ 1,8 milhão). UAU!  


Como é praticamente uma obra de arte a garrafa estará exposta no Big Boys Toys Exhibition, evento anual que apresenta produtos inovadores e acontece nos Emirados Árabes agora, no final do ano. Ah! vale lembrar para os colecionadores de plantão que que só três produtos foram fabricados, tá? Requinte para poucos, meu bem!

Fonte: Revista Glamour Online
Edição: Antonio Luis

terça-feira, 27 de novembro de 2012

PRESIDENTE 'MAIS POBRE DO MUNDO' DIRIGE UM FUSCA E DOA 90% DO SALÁRIO


JOSÉ MUJICA, DO URUGUAI, LEVA UMA VIDA DE POUCO LUXO, MUITO DIFERENTE DO QUE SE 

PODERIA SE ESPERAR DE UM CHEFE DE ESTADO

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José Mujica, presidente do Uruguai, com seu fusca 87 (Foto: Reprodução)

Quando não está realizando trabalhos oficiais, o chefe de Estado faz questão de dirigir o seu próprio carro, um fusca azul, de 1987, avaliado em pouco mais de US$ 1.000. Mujica dispensa empregados. Faz suas próprias compras no bairro onde vive e frequentemente é visto em restaurantes populares com seus colaboradores no entorno da sede do Governo, no centro de da capital uruguaia.Aos 77 anos, o uruguaio José Mujica, presidente do Uruguai, é um ex-guerrilheiro tupamaro que passou 14 anos preso, a maioria durante a ditadura uruguaia (1973-1985). Ele vive em uma pequena chácara nos arredores de Montevidéu junto com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky. Ali cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais.

Seu salário, de US$ 12,5 mil mensais, não fica todo com ele. O presidente uruguaio fica com US$ 1.250 e doa 90% para a construção de casas populares. Segundo sua última declaração de renda, de abril passado, seu patrimônio e o de sua esposa somam cerca de US$ 212 mil. Eles possuem três terrenos, três tratores e dois carros de 1987."Se tenho poucas coisas, preciso de pouco para sustentá-las", disse recentemente em uma à BBC.
Por conta dessa vida frugal, Mujica é considerado 'o presidente mais pobre do mundo'. E agora é inspiração para um novo perfume. Martín Sastre pretende criar uma fragância com as flores que Mujica cultiva em sua chácara. Segundo o artista, as flores do presidente uruguaio guardam "a essência do autêntico luxo".
A ideia ainda não recebeu o sinal verde do presidente. Mas já tem até nome, "U from Uruguay", e anúncio publicitário. Sastre, artista audiovisual e diretor de cinema nascido em Montevidéu em 1976 e que mora em Madri, disse reconhecer Mujica como "ícone global por causa de sua filosofia de vida", por isso a intenção de criar o perfume.
Se o projeto for concretizado, a fragrância de "Pepe" (como o presidente é popularmente conhecido) seria vendida através de fundações públicas para arrecadar dinheiro e criar um fundo de fomento da produção artística.
Fonte: Revista ÉPOCA Online
Edição: Antonio Luis

Vacina experimental contra gripe é mais rápida e eficiente


Pesquisadores alemães desenvolveram vacina que pode ajudar 

no controle de epidemias de gripe e eliminar a necessidade de doses 

anuais

Vírus da gripe
Vírus da gripe: as mutações sofridas pelo vírus dificultam o desenvolvimento de uma vacina para a doença (Thinkstock)
Todas as vacinas contra a gripe produzidas atualmente têm um calcanhar de aquiles: como o vírus evolui rapidamente, todo ano é necessário começar a produção praticamente do zero. Ainda é preciso contar com um pouco de sorte, já que a Organização Mundial da Saúde tenta adivinhar com meses de antecedência quais cepas estarão em circulação meses depois. Com tudo isso definido, levam até seis meses para as vacinas ficarem prontas.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Protective efficacy of in vitro synthesized, specific mRNA vaccines against influenza A virus infection

Onde foi divulgada: revista Nature

Quem fez: Benjamin Petsch, Margit Schnee, Annette B Vogel, Elke Lange, Bernd Hoffmann, Daniel Voss, Thomas Schlake, Andreas Thess, Karl-Josef Kallen, Lothar Stitz e Thomas Kramps

Instituição: Instituto Friedrich-Loeffler, na Alemanha

Resultado: A vacina experimental com RNA mensageiro testada em animais apresentou um resultado similar ou até melhor do que as vacinas tradicionais. Além disso, ela se mostrou eficaz em animais muito jovens e muito velhos,o que é um diferencial em relação as demais vacinas.
Tudo isso acontece porque duas proteínas, a hemaglutinina e a neuraminidase, que ficam na superfície do vírus, mudam constantemente. As duas proteínas são abreviadas simplesmente como H e N, por isso os vírus da gripe são conhecidos pela combinação HxNx, como o vírus da gripe aviária: H5N1.
Eis que uma nova vacina, ainda experimental, desenvolvida por pesquisadores do Instituto Friedrich-Loeffler, em Tübingen, na Alemanha, pode não só acelerar a produção das vacinas, evitando o alastramento de epidemias, como oferecer proteção para a vida toda. O estudo foi publicado neste domingo na revistaNature Biotechnology.
O segredo da nova vacina é ser feita com RNA mensageiro (RNAm)— molécula que informa às células quais proteínas devem ser produzidas. Sintetizado pela empresa de biotecnologia CureVac, do bilionário alemão Dietmar Hopp, dono da gigante do software SAP, o RNAm controla a produção da hemaglutinina e da neuraminidase, mas, ao contrário das proteínas, não sofre alterações. Teoricamente, uma dose ofereceria proteção por toda a vida. Outra vantagem é que esse RNAm é transformado em pó, por isso não precisa de refrigeração, como as vacinas tradicionais.
"O RNAm pode ser produzido em poucas semanas", disse ao site da revista New Scientist Lothar Stitz, do Instituto Friedrich-Loeffler. Uma injeção de RNAm ativa o sistema imunológico, que passa a reconhecer as proteínas dos vírus, protegendo o corpo da gripe. A vacina experimental com o RNAm testada em animais apresentou um resultado similar ou até melhor do que as vacinas tradicionais. Além disso, ela se mostrou eficaz em animais muito jovens e muito velhos,o que é um diferencial em relação as demais vacinas.
Uma versão para seres humanos, no entanto, ainda está longe de virar realidade — ainda são precisos testes para determinar sua segurança e eficácia.
Agilidade — A velocidade na produção de vacinas é essencial para o combate a pandemias de gripe. Tradicionalmente, a vacina é produzida por meio de um processo que utiliza ovos de galinha. Recentemente, porém, algumas empresas começaram a utilizar culturas celulares animais para fabricar a vacina, processo que recebeu aprovação do Food and Drug Administration (FDA, órgão americano que regula a comercialização de alimentos e remédios) no dia 20 de novembro.
(Com Agência Reuters)

Fonte: Revista VEJA Online
Edição: Antonio Luis

sábado, 24 de novembro de 2012

Estratégia do tapetão


Goleiro Bruno aposta na confusão e consegue

 adiar seu julgamento para 2013 enquanto Macarrão

 implica o ex-chefe na morte de Eliza Samúdio

Flávio Costa
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MANOBRAS
Bruno trocou sucessivas vezes de advogado e,
assim, conseguiu adiar seu julgamento

A confusão como método de defesa. A estratégia utilizada, com êxito, pelos advogados dos réus transformou, na semana passada, em chicana um dos júris mais esperados do País: o do desaparecimento e suposto assassinato de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, acusado de ser o mandante do crime. Nas sessões marcadas pelo caos no Tribunal de Contagem, na Grande Belo Horizonte (MG), houve até a paralisação por conta de um boato sobre uma tentativa de suicídio do jogador na prisão. As manobras dos defensores, como o abandono do plenário e várias trocas de advogados, adiaram o julgamento de três dos cinco acusados. Voltam a júri em março de 2013 o próprio Bruno, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do homicídio, e Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador. O fato mais surpreendente da semana foi o depoimento do réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Ele relatou sua participação no sequestro de Eliza e implicou Bruno, o ex-amigo e ex-chefe, como autor intelectual da morte da jovem, cujo corpo permanece desaparecido há dois anos e cinco meses.
Abandono de júri é uma estratégia comum entre os advogados brasileiros, segundo especialistas ouvidos por ISTOÉ. “Entende-se que é benéfico para o acusado ser julgado sozinho ou com menor número possível de réus”, afirma o criminalista Henrique Baptista, especialista em direitos fundamentais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Outra vantagem é que os advogados podem recolher informações preciosas em um julgamento de réu anterior ao do seu cliente. Foi nisso que apostou Bruno. No segundo dia de julgamento, o goleiro resolveu destituir seus dois defensores, Rui Pimenta e Francisco Simin, que, por sua vez, também representavam Dayanne Rodrigues, ex-mulher dele. Obteve a destituição do primeiro, mas não conseguiu o mesmo sucesso em relação ao segundo. Assim, Dayanne também teve seu julgamento adiado para março. No dia seguinte, novamente Bruno trocou Simin pelo advogado Luiz Adolfo, que alegou desconhecer o processo e pediu tempo para se preparar. Com isso, o goleiro também teve seu julgamento adiado. Apenas Macarrão e Fernanda Castro, ex-namorada do jogador, foram julgados. “Foi uma atitude clara no sentido de desmembrar o processo, já que a primeira não havia dado certo”, afirma a criminalista Roselle Soglio.
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DEPOIMENTO
Sentindo-se traído por Bruno, Macarrão disse que
o goleiro levou Eliza Samúdio para morrer

O depoimento de Macarrão foi a maior surpresa do julgamento: ele relatou como, a mando de Bruno, levou Eliza do Rio de Janeiro para o local indicado pelo goleiro em Belo Horizonte, onde teria entrado em um carro preto para nunca mais ser vista. “Ele ia levar ela para morrer”, declarou, isentando-se, no entanto de responsabilidade. Sentindo-se traído por Bruno, que numa carta divulgada para a imprensa pedia ao então amigo para assumir a culpa pelo crime, Macarrão afirmou que tentou demovê-lo, sem sucesso, da ideia de matar Eliza. “Bruno acabou com minha vida”, disse Macarrão.
Fotos: Fabiano Rocha/Extra/Agência O Globo e Thiago Chaves/Frame/Folhapress
Fonte: Revista ISTOÉ Online
Edição: Antonio Luis

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Jovem com mais de 260 Kg é transferido para a capital baiana


Foram necessários 12 homens para realizar o transporte até ambulância.
Rapaz tem 23 anos e precisa passar por procedimento cirúrgico.


obeso (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)Francisco tem 23 anos e pesa mais de 260kg
(Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)
jovem de 23 anos que pesa mais de 260 quilos foi transferido na manhã desta quinta-feira (22) do Hospital Regional de Serrinha, no interior da Bahia, para o Hospital Roberto Santos, em Salvador. Doze pessoas, entre homens do Corpo de Bombeiros e funcionários da unidade de saúde em Serrinha, transportaram o paciente para uma maca especial até a emergência, para depois colocá-lo em uma UTI móvel.
A possibilidade de transferir o paciente de helicóptero foi levantada, porém cancelada por conta do peso.
O caso
Francisco Araújo Silva Júnior estava internado no Hospital Regional de Serrinha desde domingo (11). Ele sofre com a obesidade desde a infância, mas segundo a família, nos últimos anos a situação piorou.

Como o hospital não dispõe de uma balança adequada, não se sabe exatamente o peso de Francisco, mas os médicos estimam que ele tenha mais de 260 quilos. A estimativa é baseada na última pesagem de Francisco durante o tratamento feito em um hospital de Salvador.

Desde domingo, ele era mantido no quarto de isolamento do hospital, com máscara de oxigênio, soro e sonda. A perna direita dele está fraturada. A mãe de Francisco tem esperança de que algum hospital da capital ou de outro estado possa resolver a situação do filho.
"Ele precisa de um encaminhamento para um hospital que tenha uma infraestrutura e que possa recebê-lo. Nós não temos suporte de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele precisa fazer uma cirurgia bariátrica. Ele está com acompanhamento médico, recebendo medicação, mas isso só não é suficiente. Ele precisa passar por um procedimento cirúrgico", afirma Teobaldo Santana, diretor administrativo do Hospital Regional de Serrinha.

De acordo com a mãe, o jovem já ficou internado por cinco anos em Salvador. "Aos 16 anos ele fraturou a perna direita, fez cirurgia e depois disso ele parou de mexer a perna. Ele anda de cadeira de rodas, mas é muito difícil sair com ele porque onde eu moro a rua não é asfaltada, então eu não tenho como sair", revelou.

A história
A mãe de Francisco, Maria Aurizete, conta que ele começou a engordar aos nove anos de idade. "Até aí era tudo normal. Ele começou a engordar como todas as crianças, mas aos 12 anos ele já era muito gordo, muito mais do que os colegas. Eu achei tudo isso estranho porque quando pequenino ele era muito magrinho, ninguém nem esperava vida nele. Ele não tinha força nem para puxar o leite", disse.

A mãe conta que não tem condições financeiras para pagar o tratamento adequado para o filho. "Eu nunca abandonei ele. Eu não tenho dinheiro para poder arcar com esse tratamento. Eu vendo roupa que minha irmã faz. Eu recebo um auxílio porque minha outra filha tem problemas, ela tem depressão, mas eu não tenho dinheiro para comprar remédios e o município não dá", afirma.

Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

No 3º dia, júri de Bruno é adiado para 2013 e Macarrão liga goleiro ao crime


Macarrão dá versão sobre Eliza e diz que Bruno 'ia levar ela para morrer'.
Juíza deu mais tempo para novo advogado do goleiro conhecer processo.


Goleiro Bruno deixa o Fórum de Contagem após o adiamento de seu julgamento do Caso Eliza (Foto: Mauricio de Souza/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo)Bruno deixa fórum após adiamento do julgamento (Foto: Mauricio de Souza/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo)
A terceira sessão do júri popular do caso Eliza Samudio, que durou da manhã de quarta até a madrugada desta quinta-feira (22) no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, foi marcada pelo interrogatório do réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que disse ter levado de carro a ex-amante do jogador até um local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a jovem entrou em um Palio. "Ele ia levar ela para morrer", afirmou sobre a ordem recebida.
Macarrão disse à juíza que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta. Ele afirmou ainda que alertou Bruno sobre o que podia acontecer, mas que o goleiro pediu para ele largar "de ser bundão". "Falou que era para deixar com ele", disse o réu antes de começar a chorar no plenário.
Na manhã de quarta, o réu Bruno Fernandes de Souza deixou o júri após ter o julgamento desmembrado e adiado para 4 de março de 2013 por decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, atendendo pedido da defesa. Lúcio Adolfo, novo advogado de Bruno após a saída de Francisco Simim, alegou não conhecer o processo.
O júri também encerrou a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa após ouvir no plenário duas pessoas: Sônia Fátima de Moura, mãe de Eliza Samudio, e Marcos Vinícius Borges, amigo de infância de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. A pedido da advogada de Fernanda Castro, também foram exibidos depoimentos em vídeo de José Roberto, caseiro do sítio de Bruno em Esmeraldas (MG), e de Gilda Maria Alvez, mulher dele.
Macarrão começou a ser ouvido pelo júri por volta das 23h de quarta (Foto: Vagner Antônio/TJMG)
Macarrão começou a ser ouvido por volta das 23h e
falou durante 5 horas (Foto: Vagner Antônio/TJMG)
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro exibiu ainda, durante cerca de uma hora e 40 minutos, reportagens de diversos veículos de comunicação sobre o caso Eliza Samudio. Os jurados acompanharam atentos, mas demonstraram sinais de cansaço devido ao longo tempo de júri. Antes do fim da sessão, foram lidos documentos periciais e depoimentos de outras testemunhas.
O júri popular, que teve início com cinco réus, segue com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado e ocultação de cadáver. Ela é acusada de sequestro e cárcere privado de Eliza e de Bruninho, filho que a vítima teve com o goleiro.
Dos cinco réus que começaram o júri popular, apenas dois seguem no julgamento: Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda, namorada do goleiro na época dos fatos.
A Promotoria acusa o jogador, que era titular do Flamengo, de ter arquitetado a morte da ex-amante, em crime ocorrido em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa e serão julgados em 2013.
Fernanda é próxima interrogada
Depois do interrogatório de mais de cinco horas de Macarrão, o júri popular ouvirá Fernanda Castro, namorada de Bruno à época dos fatos. A sessão está marcada para começar às 13h30 desta quinta-feira. Terminada a chamada fase de instrução, em que as provas são apresentadas, terão início os debates com argumentos da acusação e da defesa para tentar convencer os jurados.

'Não sou esse monstro'
Antes de falar ao júri, Macarrão ouviu a leitura da denúncia contra ele e disse para juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues que a acusação "em partes é verdade" e que ele não falou, em depoimentos anteriores, tudo que sabia sobre Eliza. "Quero deixar bem claro para a senhora que eu não sou esse monstro que as pessoas colocaram", disse Macarrão. "E hoje eu vou falar tudo que a senhora queira ouvir da minha boca e colaborar com a verdade dos fatos".

Macarrão é interrogado pelo júri popular no Fórum de Contagem (Foto: Leo Aragão/G1)
Macarrão é interrogado pelo júri popular no Fórum
de Contagem, Minas Gerais (Foto: Leo Aragão/G1)
Macarrão disse que Bruno conheceu Eliza Samudio durante "orgia no apartamento"e que, tempos depois, o goleiro contou que achava que a jovem estava grávida. O réu afirmou que não levou Bruno a sério, mas que o goleiro iria encontrar Eliza para conversar. Meses mais tarde, Bruno retomou o assunto e confirmou que "a garota estava grávida mesmo".
Eu disse pra ele [Bruno] deixar aquela menina em paz"
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão
O réu disse que Bruno estava estranho ao telefone, no dia 10 de junho de 2010, e que o jogador pediu que ele levasse Eliza Samudio até um ponto da Pampulha, onde teria uma pessoa esperando por ela. "Ele falou que ia...", começou a contar. "Antes de dizer o que ele ia fazer, eu quero dizer que eu disse pra ele deixar aquela menina em paz".
Mais tarde, questionado se estava mais aliviado por contar o que aconteceu, Macarrão respondeu: "Eu guardei tudo isso. Eu não aguentava mais, eu não sou esse monstro que todo mundo colocou [...] Se tem alguém aqui que acabou com a vida, foi ele [Bruno] que acabou com a minha vida".
"Graças a Deus eu tirei esse fardo carregado há dois anos das minhas costas. Eu não quis prejudicar ninguém nesse processo", disse Macarrão ao final do interrogatório. "Eu ponho a cabeça no travesseiro tranquilo de que eu fiz tudo para evitar isso [...] Eu não participei".
Júri de Bruno é adiado
Pela manhã, o julgamento de Bruno Fernandes foi desmembrado e adiado para 4 de março de 2013, segundo decisão da juíza Marixa Fabiane. O goleiro foi retirado do plenário para ser levado novamente para a penitenciária Nelson Hungria. Inicialmente, a juíza havia anunciado que o novo júri ocorreria em janeiro, mas depois ela afirmou que é difícil conseguir jurados para compor o Conselho de Sentença no início do ano e que fevereiro tem poucos dias, em razão do Carnaval.

O adiamento foi concedido pela juíza a pedido da defesa de Bruno. O advogado Francisco Simim, que defendia o goleiro, apresentou um documento transferindo seus poderes a outro defensor, Lúcio Adolfo. Chamado de substabelecimento sem reserva de poderes, o documento pediu a substituição de Simim por Adolfo, que alegou não conhecer o processo para pedir o adiamento.
Bruno chegou ao Fórum de Contagem às 9h06 desta quarta (Foto: Leo Aragão/G1)
Goleiro Bruno chegou ao Fórum de Contagem às
9h06 desta quarta-feira  (Foto: Leo Aragão/G1)
O corpo de defesa afirmou logo no início da sessão, por volta de 9h40, que o novo defensor precisa de prazo para ler o texto da ação. "Eu preciso de mais tempo para estudar esse processo", disse Adolfo no plenário.
É estratégia sim, porque a gente precisava de mais tempo para estudar o processo"
Francisco Simim, defensor de Bruno
Na terça-feira (20), o goleiro Bruno já havia tentado adiar o júri, com um pedido dedestituição de seus advogados Rui Pimenta e Francisco Simim. A juíza Marixa aceitou o pedido de saída de Pimenta, após o jogador alegar que não se sentia seguro para continuar com ele, e negou o de Simim.
Francisco Simim, substituído pelo advogado Lucio Adolfo da Silva na defesa de Bruno (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Francisco Simim, substituído por Lucio Adolfo da
Silva na defesa de Bruno (Foto: Pedro Triginelli/G1)
A juíza afirmou que "não obstante haver claras evidências de manobra, por outro lado também é verdade que o documento que foi apresentado a mim foi de substabelecimento", justificando sua decisão. "Estou acolhendo o pedido da defesa para conceder ao advogado prazo para o conhecimento do processo".
'É estratégia sim'
Segundo Simim, a mudança, que implicou no adiamento do júri do goleiro, foi uma estratégia. "É estratégia sim, porque a gente precisava de mais tempo para estudar o processo", disse o advogado.

Para ele, o desmembramento valeu para "ganhar prazo, porque tem um habeas corpus para ser julgado", se referindo ao pedido de soltura impetrado pela defesa do goleiro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Simim disse que o novo defensor será o único representante de Bruno no plenário, a partir de hoje. Mas, nos bastidores, ele afirmou que toda a equipe continua trabalhando pela defesa do goleiro.
Lucio Adolfo, disse em entrevista, na porta do fórum de Contagem, que não conhece nada das 15 mil páginas que integram o processo, e que o prazo era necessário para a leitura dos autos. "Fui chamado para participar da defesa do Bruno hoje. Não conhecia o processo. Pedi à juíza um prazo para que eu pudesse analisar a matéria junto com o doutor Tiago Lenoir e o doutor Francisco Simim. E vamos fazer isso".
No plenário, jurados ficam ao lado esquerdo, réus e advogados na parte direita da ilustração (Foto: Leo Aragão/G1)
No plenário, jurados ficam ao lado esquerdo, réus
e advogados na parte direita (Foto: Leo Aragão/G1)
Depoimento em vídeo
A pedido da advogada Carla Silene, que defende Fernanda Castro, foram exibidos ao júri depoimentos em vídeo de José Roberto, caseiro do sítio do goleiro Bruno em Esmeraldas (MG), e de Gilda Maria Alvez, mulher dele.


A mulher dele, Gilda Maria Alvez, disse no vídeo que não houve brigas no sítio nos dias em que Eliza esteve no local. Ela afirmou que viu Eliza no sítio pela primeira vez na manhã de 7 de junho de 2010 e que, antes, nunca tinha ouvido falar dela.

José Roberto disse que viu Eliza Samudio no sítio, mas que não achou estranho ela ter desaparecido depois de 10 de junho, dia que a polícia acredita ser o da morte da ex-amante de Bruno. O caseiro disse que só soube que a mulher vista no sítio era Eliza na delegacia. Ele negou que Eliza tenha ficado "trancafiada num cômodo" e disse que ela não tinha "cara de assustada". "Estava normal", afirmou no vídeo. José Roberto também disse que não conhece Bola.
Depois do dia 10 de junho, a caseira disse que chegou a ver o bebê Bruninho no sítio, levado por uma mulher. Depois, afirmou que viu a criança com outras pessoas, inclusive com Dayanne, ex-mulher de Bruno. Ela disse ainda que um dia o bebê ficou com ela e dormiu fora da casa do sítio.
No depoimento exibido no júri, ela conta que mentiu para a polícia quando disse não ter visto Eliza no sítio por medo. "Ainda tô com medo de fazerem coisa ruim com a gente igual com essa moça que tá desaparecida", afirmou. A caseira disse que viu Bruno e Macarrão pela última vez no sítio no dia 10 de junho de 2010.
Os depoimentos dos caseiros são exibidos em vídeo porque ambos foram arrolados como testemunha, mas não foram encontrados para comparecer ao júri em Contagem (MG). As imagens mostram depoimentos de testemunhas de defesa ouvidas pela Justiça na chamada audiência de instrução, em outubro de 2010.
Ciúmes
A testemunha de defesa Marcos Vinícius Borges, amigo de infância de Macarrão, disse ao júri que os primos de Bruno, Jorge Luiz Rosa e Sérgio Rosa Sales, tinham ciúmes da relação entre o réu e o jogador. A relação entre os dois era de amizade, mas Macarrão estava mais próximo de Bruno do que os primos, ressaltou a testemunha. Borges disse que o amigo era "como um irmão" para o goleiro, durante seu depoimento. Macarrão faria "tudo que ele [o goleiro] precisasse", disse Borges.

O amigo de infância de Macarrão negou que ele fosse homossexual. Segundo Borges, um fato que o fez acreditar no ciúme dos primos foi quando Sérgio Rosa Sales disse a Macarrão para "não voltar a trabalhar com Bruno", após o réu ter deixado de ser funcionário do goleiro. O depoimento foi encerrado por volta de 13h40.
19.nov.2012 - Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, diz confiar na condenação de todos os réus (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza, falou ao júri
sobre o crime com a filha (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Mãe de Eliza
A mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, disse em depoimento durante o júri que "não perdoaria" Bruno caso ele seja responsável pela morte de sua filha. Sônia depôs aproximadamente até 12h30 no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, chorando muito.

Ela disse para mim que mataria e morreria pelo filho dele, mas que ela jamais deixaria o filho para trás"
Sônia Fátima de Moura, mãe de Eliza Samudio
Ela disse que Eliza jamais abandonaria o filho, Bruninho. "Ela [Eliza] sempre falava para mim em relação a um filho. Ela disse para mim que mataria e morreria pelo filho dele, mas que ela jamais deixaria o filho para trás", disse.
A mãe disse sustentar Bruninho com a ajuda do marido e de familiares, porque está há dois anos e nove meses sem trabalho. "Sempre houve resistência [do goleiro] em reconhecer a paternidade da criança", afirmou ela ao promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro, ao ser questionada sobre decisão da Justiça que declarou Bruno o pai da criança.
O relacionamento da família de Eliza com Bruninho é o "melhor possível", disse Sônia. Ela relatou que não teve contato telefônico com a filha, que é ex-amante do goleiro, por oito meses, e que soube de notícias de Eliza por meio de suas redes sociais na internet. "Todas as amizades dela eram duradouras, ela era muito querida", disse a mãe, após chorar. "Eliza era muito calma, não era explosiva", ressaltou.

Fonte: G1
Edição: Antonio Luis