Éverton Oliveira - Redação Saúde Plena
A descoberta pode motivar o desenvolvimento de novas maneiras de controlar a depressão, a ansiedade e outros distúrbios psicológicos. Apesar dos ratos servirem bem como modelos para a compreensão de aspectos do cérebro humano, os pesquisadores lembram que os resultados precisam ser replicados antes de qualquer sentença definitiva a respeito. Entretanto, o resultado é importante porque dá força aos indícios de que as bactérias presentes no nosso intestino estão diretamente ligadas ao nosso bom humor, mantendo uma ligação com o funcionamento do nosso cérebro. A suspeita se fortalece cada vez mais, já que muitos dos distúrbios intestinais podem estar ligados ao estresse ou a transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão. No novo experimento, os cientistas testaram ratos, alimentando-os com um caldo contendo uma espécie de bactéria que vive naturalmente em nosso intestino. A partir disso, os cientistas estão explorando se esta bactéria pode ser usada como “probióticos” para melhorar a nossa saúde. Eles descobriram que os roedores com a bactéria apresentaram comportamento menos relacionado com estresse, ansiedade e depressão do que os ratos alimentados com caldos simples. Eles também apresentaram níveis significativamente mais baixos do hormônio do estresse, a corticosterona, em resposta a situações estressantes como labirintos. O neurocientista John Cryan garante que isso abre possibilidade para desenvolver terapias que tratam transtornos psiquiátricos visando o intestino. Isso seria bem interessante, não? Substituir um antidepressivo – que, em muitos casos, trazem uma série de efeitos adversos durante o uso prolongado – por um iogurte enriquecido com uma “bactéria do bem”. Fonte: Correio Braziliense Edição: Antonio Luis |
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