terça-feira, 7 de junho de 2011

Pastoral aponta nomes de mais dois ameaçados de morte no Pará

A CPT (Comissão Pastoral da Terra) e o sindicato dos trabalhadores rurais de Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará, apontaram nesta segunda-feira (6) o nome de mais dois ameaçados de morte na zona rural do município.
Um deles, Dejesus Martins Araújo, lidera o acampamento Paulínio, próximo ao assentamento Sapucaia. Na semana passada, Araújo ajudou a socorrer o lavrador Marcos Gomes da Silva, assassinado a tiros. Enquanto Silva era levado para o hospital --por ter sido baleado uma primeira vez--, dois homens encapuzados bloquearam a passagem e o mataram depois de obrigar que os acompanhantes no veículo corressem, conforme Araújo.
Após o crime, Araújo prestou depoimentos à polícia e deu entrevistas. O padre Sebastião da Silva, que atua localmente, disse ter recebido um telefonema no último sábado relatando que dois homens armados perguntaram por ele perto do acampamento.
Ainda no sábado, Araújo deixou o local onde vive desde 2009 com outras 20 famílias que aguardam ser assentadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Está longe da mãe, da mulher e dos três filhos.

MARABÁ
Nesta segunda, a CPT relatou uma ligação anônima recebida no escritório de Marabá, na qual uma pessoa ameaçou matar o líder do acampamento Iraque e transformá-lo em carvão. O líder é conhecido como Pernambuco e tem cerca de 50 anos.
Nenhum dos dois nomes constam no levantamento de ameaçados de morte feito pela CPT no ano passado, que listou 125 pessoas.
No último dia 24, o casal de líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foi morto próximo dali, em Nova Ipixuna, na estrada de terra do assentamento Praialta Piranheira.
Eles devem ser homenageados nesta terça em sessão da Câmara Municipal de Belém, relativa ao Dia do Meio Ambiente.
Depois da morte do casal, foi encontrado no mesmo assentamento o corpo de Eremilton Pereira dos Santos. Segundo a polícia, os assassinatos de Santos e Marcos Silva não estão ligados a conflitos agrários. A CPT, porém, diz que a polícia deveria investigar antes de emitir opinião.

Fonte: Folha.Com
Edição: Antonio Luis

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