A descoberta de uma jazida de tálio, um minério muito valioso, e que só existe em outros dois países, pode mudar a paisagem do povoado do Val da Boa Esperança, em Barreiras, na região oeste da Bahia.
As pesquisas começaram e a empresa que pretende fazer a exploração do tálio já cavou buracos na serra onde o minério foi encontrado.
A empresa descobriu a existência do tálio em forma de minúsculas partículas incrustadas na rocha de manganês. Pelas serras do povoado, se estima estarem espalhadas 60 toneladas do material. O local é considerado a terceira jazida de tálio do mundo.
As pesquisas no local já começaram. A empresa Itaoeste Serviços e Participações Ltda já teve o primeiro contato com agricultores donos das terras. Muitos estão desconfiados.
“A preocupação nossa é destruir a natureza que nós temos”, diz o agricultor João Pereira.
A preocupação dos moradores é com o início da exploração do tálio, já que o material é altamente tóxico. Seu Durvalino, que nasceu no povoado e vive da agricultura, tem medo do que pode acontecer.
“Este minério eu já encontrei deste jeito. Se acabar tudo isso, o que é que nós vamos fazer?”, teme o trabalhador rural Durvalino dos Santos.
O secretário municipal do Meio Ambiente mostra uma certidão concedida à empresa para a pesquisa de manganês. Agora com a novidade do tálio, o secretário aguarda uma posição do órgão estadual responsável pela autorização para exploração do metal.
“O que o município pode fazer é acompanhar este trabalho, fiscalizar, saber se as condicionantes realmente estão sendo aplicadas pela empresa e ver de que forma nós podemos trabalhar e extrair com o máximo de sustentabilidade, trazendo benefícios para as comunidades, sem agredir muito o meio ambiente. Nós não temos ainda parâmetros para saber porque nunca houve um registro no brasil deste tipo de atividade”, afirma o secretário de Meio Ambiente, João Bosco Júnior.
O geólogo Clayton Janoni explica que o tálio tem alto valor por poder ser utilizado em diversos setores, mas alerta também sobre os riscos da extração.
“Estes impactos começariam com a questão da extração propriamente dita, a questão da lavra. Porque quando a gente fala da lavra de minério, nós estamos falando de utilização da água, primeiramente, na abertura destas grandes crateras de onde vão sair o minério. Primeiramente, nós podemos definir a questão da água, e posteriormente a contaminação de solo, a contaminação do micro ecossistema como um todo, no seu entorno”, alerta o geólogo.
Fonte: g1
Edição: Antonio Luis
As pesquisas começaram e a empresa que pretende fazer a exploração do tálio já cavou buracos na serra onde o minério foi encontrado.
A empresa descobriu a existência do tálio em forma de minúsculas partículas incrustadas na rocha de manganês. Pelas serras do povoado, se estima estarem espalhadas 60 toneladas do material. O local é considerado a terceira jazida de tálio do mundo.
As pesquisas no local já começaram. A empresa Itaoeste Serviços e Participações Ltda já teve o primeiro contato com agricultores donos das terras. Muitos estão desconfiados.
“A preocupação nossa é destruir a natureza que nós temos”, diz o agricultor João Pereira.
A preocupação dos moradores é com o início da exploração do tálio, já que o material é altamente tóxico. Seu Durvalino, que nasceu no povoado e vive da agricultura, tem medo do que pode acontecer.
“Este minério eu já encontrei deste jeito. Se acabar tudo isso, o que é que nós vamos fazer?”, teme o trabalhador rural Durvalino dos Santos.
O secretário municipal do Meio Ambiente mostra uma certidão concedida à empresa para a pesquisa de manganês. Agora com a novidade do tálio, o secretário aguarda uma posição do órgão estadual responsável pela autorização para exploração do metal.
“O que o município pode fazer é acompanhar este trabalho, fiscalizar, saber se as condicionantes realmente estão sendo aplicadas pela empresa e ver de que forma nós podemos trabalhar e extrair com o máximo de sustentabilidade, trazendo benefícios para as comunidades, sem agredir muito o meio ambiente. Nós não temos ainda parâmetros para saber porque nunca houve um registro no brasil deste tipo de atividade”, afirma o secretário de Meio Ambiente, João Bosco Júnior.
O geólogo Clayton Janoni explica que o tálio tem alto valor por poder ser utilizado em diversos setores, mas alerta também sobre os riscos da extração.
“Estes impactos começariam com a questão da extração propriamente dita, a questão da lavra. Porque quando a gente fala da lavra de minério, nós estamos falando de utilização da água, primeiramente, na abertura destas grandes crateras de onde vão sair o minério. Primeiramente, nós podemos definir a questão da água, e posteriormente a contaminação de solo, a contaminação do micro ecossistema como um todo, no seu entorno”, alerta o geólogo.
Fonte: g1
Edição: Antonio Luis
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