quarta-feira, 31 de agosto de 2011

População do Brasil cresce 1,6 milhão em um ano


A população brasileira cresceu 1,6 milhão de pessoas em um ano, de acordo com a estimativa divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Veja a população de todas as cidades
No dia 1º de julho, segundo o instituto, a população somada dos 5.565 municípios atingiu 192.376.496 habitantes, contra 190.755.799 em 2010.
A tabela com os dados de todas as cidades foram publicados na edição de hoje do "Diário Oficial da União", e obedece determinação de leis federais, que prevêem uma divulgação anual.
As estimativas populacionais também são fundamentais para o cálculo de indicadores socioeconômicos nos períodos entre Censos, e é um dos parâmetros usados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Representantes de governos e prefeituras têm até 20 dias para apresentar reclamação sobre os dados ao IBGE, que decide os casos e encaminha os números finais para o TCU até o fim de outubro.
Entre as cidades, São Paulo continua sendo a mais populosa, com 11,3 milhões de habitantes, seguida pelo Rio (6,4 milhões), Salvador (2,7 milhões), Brasília (2,6 milhões) e Fortaleza (2,5 milhões). Os 15 municípios mais populosos somam 40,5 milhões de habitantes, representando 21% da população.
O conjunto das 27 capitais concentra 23,8% da população, participação semelhante à do ano 2000. Segundo o IBGE, "isso mostra que o dinamismo populacional do Brasil está seguindo novas rotas, particularmente rumo ao interior e se manifestando nos municípios de porte médio, especialmente aqueles com população entre 100 mil e 200 mil habitantes".
Entre esses municípios, destacam-se aqueles cujas economias estão voltadas para o agronegócio, para as atividades petrolíferas e os que demandam mão de obra para a construção civil.
Fora das capitais, os municípios mais populosos são Guarulhos (1,2 milhão) e Campinas (1,1 milhão), em São Paulo, e São Gonçalo (1 milhão), Duque de Caxias (861,2 mil) e Nova Iguaçu (799,0 mil), no Rio.
Das seis cidades que em 2000 tinham menos de mil habitantes, somente Borá (806 habitantes), em São Paulo, e Serra da Saudade (811 habitantes), em Minas, continuam nessa situação neste ano.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ONG diz que índia brasileira pode ser mulher mais velha do mundo


Uma índia brasileira que se prepara para comemorar 121 anos de idade seria a pessoa mais velha do mundo, de acordo com informações da ONG Survival International, que defende direitos das populações indígenas ao redor do mundo.
Maria Lucimar Pereira, que pertence à tribo Kaxinawá e vive no Acre, atribui sua longevidade a um estilo de vida saudável: ela diz que só come carnes grelhadas, peixe, mandioca e mingau de banana e não consome sal, açúcar ou alimentos processados.
O líder comunitário que se identificou como Carlos disse à ONG Survival que, apesar da idade avançada, Maria Lucimar continua ativa. Ela caminha pela aldeia contando histórias em kaxinawá, já que praticamente não fala português, e visita seus netos em áreas próximas.
Maria Lucimar Pereira vai completar 121 anos de idade (Foto: INSS/Survival International )Maria Lucimar Pereira vai completar 121 anos de idade (Foto: INSS/Survival International )
Cadastro
Maria Lucimar teria sido localizada ao comparecer a um posto do INSS para recadastramento - uma norma para pessoas muito idosas.
De acordo com sua certidão de nascimento, lavrada em 1985, ela nasceu no dia 3 de setembro de 1890.
Maria Lucimar, entretanto, não é a única idosa de sua aldeia. Dos 80 habitantes do local, quatro teriam mais de 90 anos de idade.
'Frequentemente testemunhamos os efeitos negativos que mudanças forçadas podem ter em populações indígenas. É ótimo ver uma comunidade que manteve laços tão fortes com sua terra ancestral e que está colhendo os inegáveis benefícios disso', diz o diretor da Survival International, Stephen Corry.
A família levou a idosa até um posto do INSS para fazer o recadastramento (Foto: INSS/Survival International)A família levou a idosa até um posto do INSS para fazer o recadastramento (Foto: INSS/Survival International)
A brasileira Maria Gomes Valentim, moradora de Carangola, em Minas Gerais, chegou a ocupar a posição brevemente, mas morreu no dia 21 de junho deste ano, poucas semanas antes de completar 115 anos.
Ainda de acordo com o Guinness, a pessoa que comprovadamente viveu mais até hoje foi a francesa Jeanne Louise Calment, que morreu em um asilo, em 1997, aos 122 anos de idade.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Remédio e cirurgia são novas opções contra o derrame


Três remédios e uma cirurgia por cateter são as novas armas dos médicos para prevenir o derrame cerebral.
Os esforços para barrar a doença se justificam: nenhum problema de saúde mata mais brasileiros do que os acidentes vasculares cerebrais, segundo dados do Ministério da Saúde.
Os tratamentos mais recentes têm como alvo um tipo de arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, responsável por até 25% dos casos de derrame isquêmico.
O problema, que atinge mais quem já passou dos 70 anos, é causado pela degeneração das fibras cardíacas.
Em vez de bater no ritmo, explica o cardiologista Carlos Pedra, o coração vibra, com menos força. O sangue acaba ficando mais tempo no coração e se acumula em um apêndice do átrio esquerdo, o que gera os coágulos.
"O trombo [coágulo] se desprende, vai para a aorta e, de lá, para a cabeça, causando um AVC", diz o médico do HCor (Hospital do Coração) e do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
O tratamento cirúrgico usa uma prótese levada por cateter para fechar o apêndice do átrio esquerdo, evitando os coágulos e o derrame.
"O apêndice é como uma biruta de aeroporto, que fechamos com uma 'rolha' de níquel e estanho. O procedimento é bem seguro", afirma.
As primeiras operações do tipo no HCor foram feitas no fim do ano passado.
A cirurgia é uma alternativa ao uso dos anticoagulantes, forma mais tradicional de evitar a formação de trombos e o derrame. O principal remédio usado hoje é a varfarina, disponível já há 50 anos.
O problema, afirma Pedra, é que muitos dos pacientes que precisam usar esse remédio não podem, por causa de efeitos colaterais, da necessidade de exames frequentes para acompanhar os níveis de coagulação e das interações da droga com alimentos e com outros medicamentos.
MENOS RISCOS
Neste mês, foi lançado no Brasil um anticoagulante que promete menos efeitos colaterais, dispensa o monitoramento da coagulação e pode abrir uma possibilidade para que muitos pacientes que hoje são impedidos de usar a droga antiga possam se prevenir contra o derrame.
O empecilho é o preço. Um mês de tratamento não sai por menos de R$ 165. A varfarina custa um oitavo disso.
O princípio ativo do remédio se chama dabigatrana. A droga foi liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com base em um estudo com 18 mil pacientes pago pelo fabricante, a Boehringer Ingelheim.
A pesquisa afirma que o novo medicamento é tão eficaz quanto a varfarina na prevenção dos coágulos.
Duas drogas, a apixabana, da Bristol-Myers Squibb, e rivaroxabana, da Bayer, já foram alvo de estudos e aguardam aprovação para a prevenção de derrames.
"Grande parte dos médicos tem medo de receitar a varfarina e provocar uma hemorragia. A expectativa é que, com esses novos remédios, os médicos fiquem menos receosos de prescrevê-los", diz o eletrofisiologista Dalmo Moreira, do Dante Pazzanese.
Editoria de Arte / Folhapress
'DIZIAM QUE EU IA SOFRER UM DERRAME A QUALQUER MOMENTO'
Micênio Rodrigues, 59, passou pela cirurgia por cateter para evitar a formação de coágulos no coração há dois meses, no Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.
O aposentado, que mora em Itaquaquecetuba (SP), conta que havia começado a tomar anticoagulantes há um ano, mas não se acertava com o remédio.
"A cada mês eu tinha que fazer exames de sangue para controlar a coagulação. Mesmo tomando o remédio direitinho, não dava certo", conta Rodrigues, que sofreu um infarto há nove anos e já foi submetido a angioplastia.
Ele conta que sentia muitas dores no peito. "Diziam que a qualquer momento podia me dar um derrame."
A cirurgia, segundo ele, foi tranquila. "O chato é que tive de ficar oito horas sem me mexer no hospital, depois da operação."
Agora, Rodrigues, que trabalhava como motorista, avalia que está 80% melhor. "Estou passando muito bem. Não tomo mais anticoagulante, só outros remédios para o coração. No mês que vem vou fazer mais uma bateria de exames", conta.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Nova cirurgia em Ricardo Gomes não está descartada, diz médico


Pouco mais de dez horas após o término da cirurgia emergencial de drenagem no cérebro, o estado de saúde de Ricardo Gomes, 46, ainda é grave, porém estável - informou na manhã desta segunda-feira a equipe médica do hospital Pasteur, na zona norte do Rio. O técnico do Vasco segue internado em coma induzido na UTI (Unidade de tratamento intensivo) da unidade e respira com auxílio de aparelhos.
A previsão é que o técnico passe por uma reavaliação a partir das 10h. Exames também deverão ser refeitos com o objetivo de avaliar a evolução da cirurgia emergencial, realizada pelo médico José Antônio Guasti. O procedimento teve como meta principal estancar a hemorragia e restabelecer a circulação do sangue no cérebro de Ricardo Gomes, que sofreu um AVE (Acidente Vascular Encefálico).
De acordo com os médicos, as possibilidades são muitas e até mesmo uma nova intervenção cirúrgica não foi descartada. Um novo boletim oficial deve ser divulgado no fim da manhã desta segunda-feira.
Na noite de ontem, o médico José Guasti disse que a cirurgia de drenagem no cérebro do técnico foi um sucesso. "O resultado foi o melhor possível. A hemorragia foi totalmente drenada", disse o neurocirurgião.
Mesmo assim, Guasti informou que é possível que o treinador fique com sequelas por causa do AVE hemorrágico sofrido à tarde, durante o clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, no Engenhão, também na zona norte da capital.
Segundo o médico, o hematoma se formou na área temporal do cérebro, que comanda as ações motoras. No caso de Gomes, ele pode ter os movimentos do braço e da perna direita e a fala comprometidos pelo AVE.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dezenas acompanham enterro de estudante encontrada morta no PI


Corpo de jovem foi encontrado em prédio em obras do MPF em Teresina.
'Está todo mundo abismado', diz vereador de Barras, onde jovem cresceu.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em São Paulo
O corpo da estudante de direito Fernanda Lages Veras, de 19 anos, encontrada morta nesta quinta-feira (25) em Teresina, foi enterrado na manhã desta sexta na cidade onde mora sua família, Barras, a 127 km da capital.
Fernanda Veras, 19 anos,  (Foto: Reprodução/TV Clube)Fernanda Lages Veras, 19, foi encontrada morta
em prédio em obras do Ministério Público Federal
do Piauí, em Teresina (Foto: Reprodução/TV Clube)
Fernanda era filha do ex-vereador de Barras, Paulo César Lages Veras. No início do ano, mudou-se para Teresina para estudar direito. Na madrugada desta quinta, foi encontrada morta na obra da nova sede do Ministério Público Federal, em Teresina.
Segundo a polícia, o corpo da jovem tinha marcas de ferimento profundo na cabeça e um dos braços quebrado, o que indicaria luta corporal com um possível agressor.
'Parou a cidade'
O enterro, por volta das 10h, foi acompanhado por dezenas de moradores da cidade, que tem cerca de 50 mil habitantes. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Edgar Raulino de Almeida Neto, a população está revoltada com a morte.
“A infância dela foi aqui. Ela passou na faculdade e estava com pouco em Teresina. Era calma, tinha muitos amigos, bem relacionada. Está todo mundo abismado, todo mundo sem entender, esperando o desenrolar da polícia. Parou a cidade. Ela nunca teve problema com ninguém”, afirmou.
Segundo Almeida Neto, dezenas acompanharam o velório e o enterro. “Tinha uma multidão mesmo esperando o corpo. Não dava nem para chegar perto. Aos poucos foi que as pessoas foram vendo. Todo mundo da cidade foi.”
Investigações
A Polícia Civil continua a ouvir depoimentos de pessoas próximas e que passaram a noite com a estudante durante a tarde desta sexta. Fernanda foi vista pela última vez em uma confraternização com outros estudantes da faculdade em um restaurante de Teresina.
O vigia da obra onde o corpo foi encontrado e o ex-namorado da vítima foram ouvidos na quinta. O funcionário da obra teria descrito o homem que entrou com a vítima ao local. O ex-companheiro disse à polícia, segundo o delegado, que esteve com ela antes do crime, em um restaurante, mas que voltou para casa em seguida. O carro da estudante, encontrado em frente à obra, será periciado.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, o vigia deve ser ouvido novamente nesta sexta. “Vamos aguardar os laudos periciais para começar a tomar as providências necessárias, como a quebra de sigilo. Por enquanto, estamos ouvindo os mais próximos”, disse.
A Faculdade Santo Agostinho, onde Fernanda iniciou os estudos neste ano, informou que a jovem não efetivou a matrícula deste semestre e que teria sido transferida para outro estabelecimento. A faculdade Nova Unesc, onde Fernanda estava matriculada, divulgou nota de pesar pela morte.
Fachada da nova sede do Ministério Público Federal do Piauí, que está em fase de obras (Foto: Divulgação/MPF-Piauí)Fachada da nova sede do Ministério Público Federal do Piauí, em obras (Foto: Divulgação/MPF-PI)

Explosão na sede da ONU na Nigéria mata ao menos 18


Ao menos 18 pessoas morreram nesta sexta-feira em um atentado contra a sede da ONU em Abuja, capital da Nigéria, de acordo com um porta-voz policial que participa das operações no local.

Veja fotos do ataque à ONU na Nigéria
O ataque aconteceu por volta das 11h (horário local), na zona diplomática do centro da cidade, nas proximidades com a Embaixada dos Estados Unidos. Houve uma forte explosão, que deixou o prédio em chamas.
Afolabi Sodtunde/Reuters
Equipes de resgate trabalham no local após explosão na sede da ONU em Abuja
Equipes de resgate trabalham no local após explosão na sede da ONU em Abuja
Testemunhas disseram ter visto vários corpos sendo removidos do prédio.
"Nós vimos a explosão vinda do prédio. Todas as pessoas que estavam no subsolo foram mortas. Seus corpos estão literalmente por toda a parte. Vi cinco corpos", afirmou Ocilaje Michael, um dos funcionários da ONU.
Afolabi Sodtunde/Reuters
Mulher chora após explosão que matou ao menos sete em Abuja
Mulher chora após explosão que matou ao menos sete em Abuja
Segundo a BBC, o chão do prédio da sede foi fortemente danificado e a equipe de emergência está removendo corpos dos destroços, enquanto os feridos são encaminhados a hospitais. A emissora de TV CNN afirmou que um jornalista que estava no local contou ao menos sete pessoas mortas.
"Vi corpos espalhados", disse Michael Ofilaje à BBC, funcionário do Unices (Fundo das Nações Unidas para a Infância). "Muitas pessoas morreram". Segundo ele, a explosão "ocorreu no porão e sacudiu o prédio".
Cerca de 50 pessoas foram levadas ao National Hospital da capital, confirmaram fontes do centro hospitalar à agência Efe.
A Nigéria tem sido alvo de uma onda de atentados por parte da seita radical islâmica Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é pecaminosa", no idioma hausa, falada no norte do país. Quase diariamente o grupo está por trás de atentados e tiroteios, na maioria tendo como alvo a polícia na região norte do país.
Nesta quinta-feira, um atentado do Boko Haram contra uma delegacia de polícia e ataques a bancos em uma cidade no nordeste do país deixaram 12 mortos, incluindo um policial e um soldado.
Em junho, um carro-bomba explodiu em uma unidade policial, cuja culpa foi colocada no mesmo grupo, que defende a implementação da lei islâmica, a sharia, na Nigéria.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. De acordo com uma fonte da segurança em Abuja, citada pela agência Reuters, é "provável" que o atentado seja obra do Boko Haram ou do, AQIM (Al Qaeda no Maghreb Islâmico) e é uma "séria escalada" na situação na Nigéria".
Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: folha.com
edição: antonio luis

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que é necessário para evitar o desagradável cheiro de chulé


Na lista dos odores desagradáveis, o chulé é um dos mais constrangedores. Ele é resultado da proliferação de bactérias em ambientes quentes e úmidos, que causam transpiração.

As bactérias alimentam-se do suor para crescerem e se multiplicarem e, depois, usam o pé como banheiro. É daí que vem o mau cheiro, que é proveniente das fezes de micro-organismos. Além do cheiro, o chulé gera também uma fina camada gelatinosa, causada pelo excesso de pele detonada pela ação bacteriana.

É importante saber ainda que alergias e inflamações na pele facilitam a instalação desses micróbios que provocam o terrível cheiro. Mas é possível evitá-lo! Para isso, siga algumas dicas abaixo:
  • Lave os pés com sabonete antibactericida.
  • Enxugue bem entre os dedos com uma toalha seca.
  • Se usar tênis, ponha meia. De preferência de algodão.
  • Troque sempre de meia – mesmo que o uso seja rápido.
  • Seque a parte interna dos sapatos com papel toalha.
  • Limpe o sapato por dentro com sabão neutro e deixe secar no sol.
  • Coloque o calçado em local arejado durante 48 horas antes de usá-lo novamente.

Agora, se o problema tem sido recorrente, faça uma compressa de dez minutos nos pés com uma mistura de 10 folhas de sálvia e 1 litro de água. A sálvia ajuda a reduzir a transpiração excessiva e vai tornar o local menos propício ao acúmulo de bactérias.

Por: Éverton Oliveira/Correio Braziliense
Edição: Antonio Luis

Há 50 anos, renúncia de Jânio Quadros jogou país em uma crise


Jânio Quadros foi eleito presidente com 48% dos votos (na época não havia segundo turno), mas renunciou após sete meses de governo, a 25 de agosto de 1961.
Jogou o país numa grave crise política, que só foi encerrada, duas semanas depois, com a posse do vice-presidente João Goulart, mas com a mudança do regime político, do presidencialismo para o parlamentarismo.
Veja galeria de fotos sobre a trajetória de Jânio Quadros
Jânio teve uma carreira meteórica: em sete anos passou de prefeito de São Paulo (1953) a governador (1954) e presidente eleito (1960).
O janismo foi um fenômeno político paulista, produto da transição de uma sociedade de massas para uma sociedade de classes. Nos anos 40 e 50, a grande migração nordestina e mineira alterou profundamente o Estado, tal como a expansão da industrialização e a urbanização.
(articleGraphicCredit)..
Carismático, Jânio usava a vassoura como símbolo para varrer a corrupção do Brasil
Carismático, Jânio usava a vassoura como símbolo para varrer a corrupção do Brasil
As maiores greves da década de 50 tiveram São Paulo como palco principal (1953 e 1957). A primeira delas coincidiu com sua eleição para a prefeitura da capital. Jânio apoiou os grevistas. Sabia que tinha de fazer um discurso dirigido aos mais pobres, apoiando as demandas sociais (transporte coletivo, escolas, hospitais) da cidade que mais crescia no mundo.
Ele foi o primeiro político que transformou o combate à corrupção em plataforma eleitoral. Usou como símbolo a vassoura, provavelmente inspirado numa passagem de "O Escândalo do Petróleo e Ferro" de Monteiro Lobato. Com a vassoura, um gestual histriônico e um português recheado de formas oblíquas, transformava cada comício em um show.
Venceu a eleição para a prefeitura sem base partidária, outra característica sua. Usou como slogan "o tostão contra o milhão", simbolizando a disputa contra uma poderosa coligação de nove partidos e com muito dinheiro. Repetiu a dose, meses depois, em 1954, derrotando seu arqui-inimigo, Adhemar de Barros, para o governo do Estado. Desta vez cumpriu integralmente o mandato.
Abriu vários inquéritos para apurar supostas irregularidades dos governos anteriores. Insistia na tese de que para ele a política era um enorme sacrifício pessoal e que aguardava ansioso o final do governo para se recolher a vida privada. O sofrimento era pura representação. Em 1958 foi eleito deputado federal pelo Paraná. Não compareceu a nenhuma sessão do Congresso. Era mais uma característica sua: o desdém pelo Legislativo.
Dois anos depois, representando o mesmo papel --de candidato solitário que recebia apoio de partidos e não como representante de partido-- derrotou Teixeira Lott, apoiado pelo presidente Juscelino Kubitschek. Obteve este feito nacionalizando seu discurso. De fenômeno paulista transformou-se em um fenômeno nacional.
Na Presidência esgotou seu potencial renovador. Reforçou suas características mais conservadoras. Não teve problemas com o Congresso: aprovou tudo o que considerava importante. Fez um governo bipolar. Adotou um programa econômico conservador. Desvalorizou a moeda, e a inflação subiu.
Em contrapartida implantou a política externa independente, rompendo com o alinhamento automático com os EUA em plena Guerra Fria, quando a questão cubana estava no auge. Buscou estabelecer uma relação direta com os governos estaduais. Imiscuiu-se em questões da esfera privada: chegou a proibir os biquínis.
Mas o que parecia novo estava carregado do velho golpismo latino-americano. Desejava o poder absoluto. Tentou um golpe de sorte: a renúncia. Isto sem que tivesse ocorrido nenhuma grave crise. De forma abrupta resolveu abandonar a Presidência. Foi uma ação tão intempestiva que até assustou os ministros militares, que não foram consultados e nem tinham um plano para um golpe, apesar de suas simpatias pelo autoritarismo janista.
Imediatamente deslocou-se para São Paulo. Imaginou que retornaria a Brasília nos braços do povo e com amplos poderes. Puro delírio. Saiu da base aérea de Cumbica solitário, guiando um DKW, rumo ao litoral, de onde partiu dias depois para a Inglaterra. E passou três décadas tentando explicar a renúncia.
O auge do janismo ocorreu no momento de transição da política nacional. Reflexo de uma sociedade em rápida mudança, com vários desafios a serem enfrentados sem que o sistema político possibilitasse respostas eficazes.
MARCO ANTONIO VILLA, historiador, é professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos
Edição: Antonio Luis

Para ministros do STF, Sarney não poderia usar helicóptero


Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e um especialista em direito administrativo ouvidos na quarta-feira (24) pela Folhaentendem que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não tem direito de usar o helicóptero da Polícia Militar do Maranhão durante os fins de semana, informa reportagem de Felipe Seligman, publicada na edição desta quinta-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Trata-se, segundo eles, de "desvio de finalidade".
Deputado defende Sarney e diz que ele não é 'pessoa qualquer'
Anac aponta uso irregular de helicópteros
'Não prejudicou ninguém', diz Sarney sobre uso de helicóptero
OAB pede que Sarney devolva dinheiro gasto em viagens
Empresário nega conflito de interesses em viagem de helicóptero
Três ministros do Supremo, que conversaram em caráter reservado, avaliam que não existe qualquer legislação que garanta às autoridades federais a utilização de veículos estaduais.
Carlos Sundfeld, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), afirmou que "é uma responsabilidade da União [pagar o transporte de autoridades]".
Sarney, por sua vez, acredita que "não prejudicou ninguém" quando viajou até sua residência na Ilha de Curupu (MA) na aeronave. Um cinegrafista amador registrou imagens que mostram Sarney e seus amigos desembarcando no heliponto da Polícia Militar em São Luís em dois domingos, 26 de junho e 10 de julho. A Folha obteve cópias dos vídeos:


Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Derrame: os fatores de risco da doença que mais mata no Brasil

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a doença que mais mata no Brasil e é a principal causa de incapacitação no mundo, por conta das sequelas que pode deixar. Dentre os principais fatores de risco para o AVC estão a hipertensão, o diabetes e a fibrilação atrial (FA), a arritmia cardíaca mais comum, que aumenta em cinco vezes as chances de sofrer um derrame. 

No mundo, anualmente, três milhões de pessoas sofrem AVC em consequência da fibrilação atrial. A doença acomete 1,5 milhão de brasileiros. Ela faz com que o coração bata em um ritmo irregular, fora do padrão habitual. Os sintomas mais comuns são palpitações, tontura, falta de ar e dor no peito. O derrame é a principal complicação desta arritmia, que acontece por causa da formação de coágulos no coração que, ao se desprenderem, chegam até o cérebro. 

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN), no País, a cada cinco minutos uma pessoa é vítima de AVC, o que contabiliza cerca de 100 mil mortes ao ano em decorrência da doença. Vale ressaltar que a cada seis derrames, um ocorre em pacientes com fibrilação atrial e 75% das vítimas de AVC por fibrilação atrial ficam severamente dependentes. 

Outros fatores de risco que estão presentes em 90% dos casos de AVC são: 

Hipertensão arterial ou pressão alta: doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. A detecção e controle da pressão arterial é um ponto básico e fundamental de qualquer programa de prevenção de AVC, devendo ser esse o maior foco.

Cigarro: diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior. Aumenta o risco de derrame em duas vezes. 

Diabetes: os altos índices glicêmicos levam a pessoa ao estado de pré-trombose, pois há maior coagulação do seu sangue. 

Também representam condições favoráveis ao desenvolvimento da doença o sedentarismo, o acúmulo de gordura abdominal, alimentação rica em gorduras e carboidratos, colesterol alto, consumo excessivo de álcool, estresse e depressão e doenças cardíacas. 

Nesse sentido, a prevenção é o melhor remédio. Portanto, é fundamental manter hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada, manter a pressão arterial controlada e o colesterol nos níveis adequados. Além disso, evitar o cigarro e o consumo excessivo de álcool. É importante consultar um médico para fazer uma avaliação completa do paciente, que passa pelo exame clínico além de testes complementares. Para quem tem palpitações e dor no peito, o médico também poderá solicitar um eletrocardiograma, exame que registra a atividade elétrica do coração.

Entenda mais sobre derrame e os fatores de risco