terça-feira, 9 de agosto de 2011

Juíza envolvida no caso Bruno toma medicamentos e é internada


A juíza da comarca de Esmeraldas (MG) Maria José Starling, que se envolveu no caso do desaparecimento de Eliza Samúdio por suposta tentativa de extorsão ao goleiro Bruno Fernandes de Souza, está internada no pronto-socorro do hospital da Unimed em Belo Horizonte (MG) desde a tarde desta segunda-feira por ingerir grande quantidade de comprimidos.
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Starling foi retirada da sua casa, na zona sul da capital mineira, pela Polícia Militar, que fora acionada por um amigo da magistrada, com quem falou por telefone. A PM teve que arrombar o portão para ter acesso à casa. Starling estava semiconsciente e deitada na cama. Ao lado dela havia várias cartelas de comprimidos de uso controlado.
O Samu a levou para o hospital da Unimed, que disse que não poderia dar informações sobre a paciente.
A juíza está afastada da magistratura desde o último dia 27 de julho, por decisão da corte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O TJ-MG não quis informar o motivo do afastamento da juíza, que não é a responsável pelo caso do desaparecimento e suposta morte da ex-amante de Bruno. Esse caso está sendo julgado por outra juíza da comarca de Contagem.
Starling se envolveu no caso porque teria tentado oferecer facilidades para Bruno conseguir um habeas corpus e deixar a prisão em troca de R$ 1,5 milhão. Teria tido a ajuda de um advogado. A acusação foi feita pelo próprio goleiro e sua noiva Ingrid Oliveira, em junho passado, durante audiência na Assembleia Legislativa de Minas.
Na ocasião, Bruno disse que só vira a magistrada uma vez, em outubro de 2010, durante uma audiência. A noiva do goleiro, porém, disse em seu depoimento que Starling tinha visitado Bruno na cadeia à noite. Bruno afirmou que a juíza o chamou a uma sala reservada, naquela ocasião, e lhe pediu que ficasse tranquilo porque tudo daria certo.
Segundo ele, Ingrid se encontrava com a juíza e o informava sobre as conversas das duas.
A assessoria do Tribunal de Justiça disse que o órgão não se manifestaria sobre o ato da presidência publicado no fim de julho, pelo qual ela estava afastada e responderá a um processo administrativo, de acordo com o regimento interno da Justiça mineira.
O deputado estadual Durval Angelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deu declaração na ocasião dizendo que o afastamento se deu por razões administrativas, não por causa da acusação do goleiro. A juíza teria feito críticas públicas a um desembargador que autorizou a soltura de pessoas presas por ato dela.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

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