terça-feira, 4 de outubro de 2011

Juíza adia para novembro julgamento do caso da Mega-Sena, no RJ


Do G1 RJ
Adriana e o advogado Jackson Costa Rodrigues em audiência no ano de 2009 (Foto: Alicia Uchoa / G1 / Arquivo)Adriana e o advogado Jackson Costa Rodrigues
em audiência no ano de 2009
(Foto: Alicia Uchoa / G1 / Arquivo)
A juíza Roberta dos Santos Braga Costa, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do Rio, adiou para o dia 28 de novembro o julgamento do caso dos suspeitos de assassinar o milionário da Mega-Sena, René Senna. De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Rio, o pedido de adiamento foi feito pelo advogado da viúva, Jackson Costa Rodrigues, que apresentou atestado médico alegando precisar de 40 dias de repouso para se recuperar de problemas causados por acidente vascular cerebral (AVC).
O julgamento estava inicialmente marcado para terça-feira (4). Serão julgados a viúva do milionário e mais três envolvidos. A previsão era de que o julgamento durasse em torno de três dias.
Caso não tenha se restabelecido até a nova data do julgamento, segundo decisão da juíza, o advogado deverá indicar novo advogado para representar a viúva. Ou então, a defesa dela ficará a cargo da Defensoria Pública.
“Em que pese a gravidade da enfermidade ora noticiada e até mesmo em função de tal fato, há de se considerar que o adiamento ora requerido se mostra extremamente prejudicial ao andamento do processo que, vale dizer, diz respeito a crime de homicídio qualificado perpetrado em 7 de janeiro de 2007, tendo transcorrido mais de quatro anos desde a referida data, sem que tenha sido possível a realização da sessão plenária de julgamento de quatro dos réus pronunciados. Não se afigura minimamente razoável o longo prazo transcorrido desde o assassinato da vítima René Senna, sem que tenha havido o necessário julgamento de quatro dos réus, valendo ressaltar que o julgamento pelo Tribunal do Júri de pessoas acusadas por delitos que atentem contra a vida constitui uma garantia constitucional do próprio réu, não sendo possível, portanto, adiamentos sucessivos”, ressaltou a juíza na decisão.
Os ex-seguranças da vítima, o ex-policial militar Anderson Silva de Sousa e o funcionário público, Ednei Gonçalves Pereira, já foram condenados a 18 anos de reclusão, cada um, pelo assassinato de René Senna e pelo crime de furto qualificado. O julgamento dos dois foi em julho de 2009, segundo o TJ.
Prêmio de R$ 52 milhões em 2005Ex-lavrador, René Senna, ficou milionário em 2005, ao ganhar R$ 52 milhões no prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele tinha perdido as duas pernas por causa de complicações da doença, e llevava vida simples em Rio Bonito. Com o dinheiro, comprou casa para os irmãos, um quadriciclo para circular e uma fazenda na cidade, onde mantinha centenas de cabeças de gado. Com medo de sequestro, ele havia contratado seguranças. Mas apesar de ter enriquecido, mantinha hábitos simples, como o de beber com amigos num bar próximo de sua fazenda.
Em 2006, começou a namorar a cabeleireira 25 anos mais nova que ele. Ela abandonou o emprego e foi morar com ele na fazenda, junto com dois filhos do primeiro casamento. Segundo parentes do milionário, ela passou a usar roupas caras e a circular num Mercedes-Benz, acompanhada de seguranças.
René Senna foi morto a tiros na manhã de 7 de janeiro de 2007, no Bar do Penco, perto de sua propriedade, por dois homens encapuzados, que estavam numa moto. Ele estava sem os seguranças.No dia do enterro, começaram as primeiras supeitas da família do ex-lavrador contra a viúva, que tinha passado o réveillon com um amante em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

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