terça-feira, 22 de maio de 2012

Morte de Décio Sá completa um mês e caso segue sem elucidação


Jornalista foi morto a tiros na Avenida Litorânea no dia 23 de março.
Missa de um mês da morte do jornalista ocorre nesta quarta-feira (23).

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Jornalista Décio Sá, de 42 anos é morto na Avenida Litorânea (Foto: Divulgação)Jornalista Décio Sá, de 42 anos, foi morto
na Avenida Litorânea (Foto: Divulgação)
A morte do jornalista Décio Sá completa um mês na próxima quarta-feira (23). Décio Sá foi morto a tiros em um bar, na Avenida Litorânea, em São Luís. Um homem que estaria seguindo o jornalista desde a sua saída da redação do jornal O Estado até a praia, entrou no bar e efetuou cinco disparos. O jornalista morreu no local.

Até agora a polícia do Maranhão diz não ter pistas do executor e do mandante do crime, mas garante que o assassinato foi um crime de encomenda e segue investigando o caso. A polícia ainda não decidiu se prorrogará ou não o inquérito que investiga o crime. O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, admitiu que a prorrogação do inquérito é um procedimento normal quando há complexidade na elucidação de casos. "Esse é um procedimento de praxe, o pedido de prorrogação de um inquérito, quando não está concluído em 30 dias, como é o do jornalista Décio Sá. Contudo, não daremos nenhuma informação já que as investigações seguem sob sigilo", disse.

A missa de um mês da morte do jornalista será amanhã (23), na Igreja Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Monte Castelo, às 17h.
Investigação
Poucos dias após o crime, a polícia teve acesso à imagens de câmeras de circuitos de segurança, do percurso feito pelo jornalista, entre a sua saída do seu local de trabalho até a Avenida Litorânea. Além disso, o assassino deixou cair, no momento da fuga, o carregador da arma pistola usada no crime, que também está em poder da polícia.

Arte Décio Sá (Foto: Reprodução)
No último dia 5, foi realizada a Operação Verredura, na Avenida Litorânea, onde gentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), policiais civis e peritos estiveram próximos ao local do assassinato para procurar, doze dias após o assassinato, outros indícios e pistas que pudessem ter sido deixados pelo autor do crime.
Foi decretada a prisão temporária de dois suspeitos, no dia 26 de março, que, segundo a polícia, estariam envolvidos com o assassinato. Não foi divulgada, até agora, nenhuma informação sobre o depoimento dos suspeitos. A polícia chegou aos dois homens por meio de informações do Disque-Denúncia e com base nas características físicas detalhadas pelas testemunhas do assassinato, que prestaram depoimento.
Um dos suspeitos foi apontado pela maioria das testemunhas como tendo envolvimento na morte do jornalista. O secretário-adjunto de Inteligência e Assuntos Estratégicos, Laércio Costa, também confirmou, na ocasião, que um deles pode ter ajudado na fuga do assassino.
Operação Varredura (Foto: Raquel Soares)
Políca realizou Operação Varredura
na Litorânea (Foto: Raquel Soares)
No dia 27 de abril  Aluísio Mendes decretou sigilo absoluto nas investigações. Segundo o secretário, a medida foi tomada para não atrapalhar as investigações com relatos desencontrados ao Disque-Denúncia, e também para preservar a integridade do executor do crime, já que ele é peça fundamental para que a polícia possa chegar ao mandante do crime.
Depoimentos de três testemunhas do assassinato vazaram na internet no dia 1º de maio. Os depoimentos relataram parte da dinâmica do crime, como a entrada do assassino e como foi feita a abordagem ao jornalista. Após a quebra de sigilo, o Tribunal de Justiça decidiu apurar como os depoimentos foram parar na internet.

Inquérito
Na última quinta-feira (16), o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, admitiu, em entrevista ao G1 MA, que o inquérito sobre a morte do jornalista deverá ser prorrogado.

A prorrogação do inquérito é um procedimento normal quando há complexidade na elucidação de casos, segundo o secretário. "Esse é um procedimento de praxe, o pedido de prorrogação de um inquérito, quando não está concluído em 30 dias, como é o do jornalista Décio Sá. Contudo, não daremos nenhuma informação já que as investigações seguem sob sigilo", disse Mendes.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis

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