Ao reprogramarem os genes dos agentes infecciosos, cientistas conseguiram atacar doenças como a gripe suína e a aviária
Modelo digital mostra o vírus H5N1, causador da gripe aviária: nova pesquisa pode ajudar a criar medicamentos que combatam a doença (Thinkstock)
Pesquisadores desenvolveram uma proteína capaz de combater o vírus da gripe. Em laboratório, os cientistas modificaram genes dos agentes infecciosos, tornando-os capazes de combater vírus como o H1N1 (gripe suína) e H5N1 (gripe aviária). O estudo, que foi publicado neste domingo no site da revista Nature Genetics, foi feito por cientistas das universidades de Washington e de Michigan, do Instituto de Pesquisa Scripps e do Centro Naval de Pesquisa em Saúde, nos Estados Unidos, e do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel.
Os autores sequenciaram o DNA de diferentes tipos do vírus da gripe e separaram gene por gene. Com o auxílio de um computador, cruzaram os dados dessas proteínas para desativarem aquelas que correspondem às funções principais do vírus. Eles também identificaram quais genes poderiam ser reprogramados para atacar o próprio vírus da gripe no organismo de uma pessoa, tornando-o inofensivo.
“Nosso trabalho demonstra uma nova abordagem para a construção de proteínas terapêuticas. Esperamos que essas proteínas estimulem o desenvolvimento de novos medicamentos”, diz Timothy Whitehead, professor da Universidade de Michigan e coordenador do estudo. Segundo o pesquisador, esse trabalho pode colaborar para novos tratamentos destinados a todos os tipos do vírus da gripe e também a outras doenças, como a varíola.
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João Toniolo Neto, geriatra e diretor do projeto Vigilância Epidemiológica da Gripe (VigiGripe), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É também autor do livro A História da Gripe.
(Com reportagem de Aretha Yarak)
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.
Fonte: Veja Online
Edição: Antonio Luis
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