Desde o dia 28 de novembro do ano passado, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a venda de antibióticos sem receita médica, nas farmácias. A partir desta data, todas as receitas passaram a ter a obrigatoriedade de conter prazo de validade e a ficar retidas, no ato da compra. A iniciativa do Governo é um empenho contra um antigo e perigoso hábito, que vinha acontecendo corriqueiramente no Brasil: a automedicação.
Indicar medicamentos sem ser um especialista no assunto prejudica a recuperação, podendo enfraquecer ainda mais o organismo debilitado. O uso de medicamentos sem acompanhamento médico ou o abandono do tratamento aos primeiros sinais de melhora estão entre as principais causas das proliferações bacterianas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos, a população poderá ficar sem defesa contra as bactérias que causam infecções.
A automedicação envolve sérios riscos, porque as características de um paciente são únicas e a mesma doença pode se manifestar de maneira diferente nas pessoas. É por isso que é importante o acompanhamento e as avaliações médicas para estabelecer a medicação e a dosagem exatas para combater a bactéria.
Se usado somente quando indicado, o remédio cumpre a função de combater bactérias e fungos, inibindo a ação deles contra infecções. Se há exagero, as bactérias do bem, como as presentes em iogurtes, atuando na defesa do organismo, podem acabar sendo destruídas. O organismo se fragiliza e se torna resistente à maior parte dos medicamentos, comprometendo tratamentos e cirurgias, como a de câncer, por exemplo, levando ao aparecimento de superbactérias.
A indústria farmacêutica já se mostra preocupada com o aparecimento de bactérias praticamente imbatíveis, resistentes aos mais poderosos antibióticos já criados e que matam em pouquíssimo tempo. E a inquietação se justifica, porque desde a descoberta do primeiro antibiótico, a penicilina, a química tem vencido batalhas contra as bactérias, numa guerra que parece infinita. Mas elas evoluem e desenvolvem resistência. Como não é possível aniquilar de vez a evolução dessas inimigas, a solução da indústria dos antibióticos é procurar estar um passo a frente. Mas a automedicação tem somado pontos a favor das superbactérias e o efeito tem sido justamente o contrário.
Portanto, não se arrisque! Vale mais a pena marcar horário no consultório médico do que preferir economizar tempo, comprando na farmácia um antibiótico, sugerido pelo vizinho, pelo farmacêutico ou por sua própria intuição.
Por: Éverton Oliveira/Correio Braziliense
Edição: Antonio Luis
Indicar medicamentos sem ser um especialista no assunto prejudica a recuperação, podendo enfraquecer ainda mais o organismo debilitado. O uso de medicamentos sem acompanhamento médico ou o abandono do tratamento aos primeiros sinais de melhora estão entre as principais causas das proliferações bacterianas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos, a população poderá ficar sem defesa contra as bactérias que causam infecções.
A automedicação envolve sérios riscos, porque as características de um paciente são únicas e a mesma doença pode se manifestar de maneira diferente nas pessoas. É por isso que é importante o acompanhamento e as avaliações médicas para estabelecer a medicação e a dosagem exatas para combater a bactéria.
Se usado somente quando indicado, o remédio cumpre a função de combater bactérias e fungos, inibindo a ação deles contra infecções. Se há exagero, as bactérias do bem, como as presentes em iogurtes, atuando na defesa do organismo, podem acabar sendo destruídas. O organismo se fragiliza e se torna resistente à maior parte dos medicamentos, comprometendo tratamentos e cirurgias, como a de câncer, por exemplo, levando ao aparecimento de superbactérias.
A indústria farmacêutica já se mostra preocupada com o aparecimento de bactérias praticamente imbatíveis, resistentes aos mais poderosos antibióticos já criados e que matam em pouquíssimo tempo. E a inquietação se justifica, porque desde a descoberta do primeiro antibiótico, a penicilina, a química tem vencido batalhas contra as bactérias, numa guerra que parece infinita. Mas elas evoluem e desenvolvem resistência. Como não é possível aniquilar de vez a evolução dessas inimigas, a solução da indústria dos antibióticos é procurar estar um passo a frente. Mas a automedicação tem somado pontos a favor das superbactérias e o efeito tem sido justamente o contrário.
Portanto, não se arrisque! Vale mais a pena marcar horário no consultório médico do que preferir economizar tempo, comprando na farmácia um antibiótico, sugerido pelo vizinho, pelo farmacêutico ou por sua própria intuição.
Por: Éverton Oliveira/Correio Braziliense
Edição: Antonio Luis
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