No dia 3 de maio de 2001, parte do Brasil sintonizou os aparelhos de TV num canal até então pouco conhecido. No ar, algo que tinha elementos de um folhetim --a mocinha acuada, o vilão autoritário, o investigador implacável--, mas que se tratava, na verdade, de uma inédita acareação entre dois senadores e uma servidora.
Era o nascimento da TV Senado como palco de escândalos e foco de interesse do público para além da caretice que normalmente impera em emissoras públicas.
Ali, a TV já contava cinco anos, quase despercebidos. A partir do episódio da violação do painel de votações, no entanto, a calma nunca mais voltaria a reinar na telinha.
O episódio, em que o ex-todo-poderoso Antonio Carlos Magalhães e o então estreante no mundo dos escândalos José Roberto Arruda renunciaram para não perder os mandatos, mostrou ao país um enredo de novela.
Regina Célia Borges confessou ter extraído a lista com os votos secretos da sessão que cassou Luiz Estevão (PMDB-DF) um ano antes.
Coadjuvantes como Pedro Simon (RS) e Jefferson Péres (PDT) deixaram o anonimato para brilhar em depoimentos tensos, cheios de lágrimas.
Depois disso, já passaram pela telinha CPIs acaloradas, como a dos Correios --na qual o depoimento em que Duda Mendonça confessou ter recebido pagamento do PT em paraíso fiscal atingiu o recorde de audiência da emissora.
Monica Veloso saiu da telinha para a "Playboy", depois de acusar Renan Calheiros (PMDB-AL) de usar empreiteira para dar pensão à filha.
"A imprensa ajudou a chamar a atenção para a gente", diz o diretor-adjunto da TV Senado, Aluizio Oliveira, ao comentar por que a emissora do Senado virou cult, enquanto a da Câmara ou a da Justiça não "pegaram''.
Com tanta nitroglicerina, não foram poucos os casos em que senadores acusaram censura. Heloisa Helena bradou várias vezes que a TV Senado cortava suas falas.
Outros viram na emissora um trunfo. O "Atentai bem!" do folclórico Mão Santa virou hit muito além das fronteiras do seu "Piiiiaaauuuuííí" graças a doses diárias de discurso ao vivo em rede nacional.
Fonte: Folha Online
Edição: Antonio Luis
Era o nascimento da TV Senado como palco de escândalos e foco de interesse do público para além da caretice que normalmente impera em emissoras públicas.
Ali, a TV já contava cinco anos, quase despercebidos. A partir do episódio da violação do painel de votações, no entanto, a calma nunca mais voltaria a reinar na telinha.
O episódio, em que o ex-todo-poderoso Antonio Carlos Magalhães e o então estreante no mundo dos escândalos José Roberto Arruda renunciaram para não perder os mandatos, mostrou ao país um enredo de novela.
Regina Célia Borges confessou ter extraído a lista com os votos secretos da sessão que cassou Luiz Estevão (PMDB-DF) um ano antes.
Coadjuvantes como Pedro Simon (RS) e Jefferson Péres (PDT) deixaram o anonimato para brilhar em depoimentos tensos, cheios de lágrimas.
Depois disso, já passaram pela telinha CPIs acaloradas, como a dos Correios --na qual o depoimento em que Duda Mendonça confessou ter recebido pagamento do PT em paraíso fiscal atingiu o recorde de audiência da emissora.
Monica Veloso saiu da telinha para a "Playboy", depois de acusar Renan Calheiros (PMDB-AL) de usar empreiteira para dar pensão à filha.
"A imprensa ajudou a chamar a atenção para a gente", diz o diretor-adjunto da TV Senado, Aluizio Oliveira, ao comentar por que a emissora do Senado virou cult, enquanto a da Câmara ou a da Justiça não "pegaram''.
Com tanta nitroglicerina, não foram poucos os casos em que senadores acusaram censura. Heloisa Helena bradou várias vezes que a TV Senado cortava suas falas.
Outros viram na emissora um trunfo. O "Atentai bem!" do folclórico Mão Santa virou hit muito além das fronteiras do seu "Piiiiaaauuuuííí" graças a doses diárias de discurso ao vivo em rede nacional.
Fonte: Folha Online
Edição: Antonio Luis
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