O fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo inter-religioso. Por este motivo, o fundamentalismo religioso se revela como fonte de intolerância, na qual o outro é analisado sob a ótica de ameaça, símbolo do mal, que pode fragilizar as "muralhas da verdade" construída pelo fundamentalista em seu discurso.
Em muitos casos, o fundamentalismo religioso é um fenômeno moderno, caracterizado pelo senso de esvaziamento do meio cultural, até mesmo onde a cultura pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários. O termo pode também se referir especificamente à crença ou convicção de que algum texto ou preceito religioso seja infalível e historicamente preciso ainda que contrários ao entendimento de estudiosos modernos.
"De acordo com Antoun, os fundamentalistas no Judaismo, Cristianismo, e Islamismo, a despeito de suas diferenças de doutrina e prática religiosas, estão unidos por uma visão comum do mundo que ancora toda a vida na autoridade do sagrado e num ‘’ethos’’ compartilhado que se expressa através da afronta ao compasso e extensão da secularização.
Entretanto, grupos que se auto-intitulam fundamentalistas ou que se descrevem nestas condições, frequentemente rejeitam o termo por causa das suas conotações negativas ou porque insinua semelhança entre eles e outros grupos cujos procedimentos acham censuráveis.
Isto ocorreu entre os fundamentalistas cristãos que foram os criadores do termo e o assumiram com exclusividade até sua redefinição popular pela mídia na década de 1980 quando reportagens jornalísticas começaram a descrever o Hezbollah e outras facções islâmicas como fundamentalistas, durante os conflitos do Líbano. A partir daí a conotação negativa ficou prevalecendo.
Fundamentalistas cristãos que geralmente consideram o termo positivo quando referente a eles próprios, freqüente e fortemente objetam em se colocar numa mesma e única categoria com os fundamentalistas islâmicos e os agrupam em outra categoria. E até mesmo os que aceitam o termo de fundamentalistas islâmicos objetam quando são amplamente rotulados junto com facções que usam seqüestro, assassinato, e atos terroristas para alcançar os seus fins.
Entretanto não há nenhuma objeção para o uso do termo fundamentalista quando usado descrever só grupos Cristãos, e também nenhuma objeções para o uso do termo fundamentalista muçulmano.
Muitos muçulmanos também protestam contra o uso do termo ao se referir grupos Islâmicos, porque o termo ‘’islâmico’’ abrangeria todos os religiosos inerentes ao Corão, e os escritores ocidentais tem usado o termo só para se referir a grupos extremistas.
Além disso, a maioria dos grupos muçulmanos que também foram fortemente rotulados de fundamentalistas objeta ser colocada na mesma categoria com fundamentalistas cristãos o que eles vêem como religiosamente incorreto, pois não vem distinção teológica entre cristãos fundamentalista e não fundamentalistas. Distintos grupos de fundamentalistas cristãos ou islâmicos não usam o termo fundamentalista para referirem-se a eles próprios ou reciprocamente.
O livro de estilo da Associated Press recomenda que o termo fundamentalista não seja usado para qualquer grupo que não aplica o termo a si mesmo. Isto incluiria grupos fundamentalistas cristãos mas excluiria grupos islâmicos, porém alguns redatores e editores de notícias ignoram esta recomendação.
Fundamentalismo "é um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípios fundamental (ou vigente na fundação) da religião". Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso que intencionalmente resista a identificação com o grupo religioso maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.
A formação de uma identidade separada é julgada necessária por causa de uma percepção de que a comunidade religiosa perdeu a habilidade de se definir em termos religiosos, julgam que os "fundamentos" da religião foram perdidos por negligência ou desatenção configurando ato de separatismo ou divergência em termos estranhos impróprios e hostis à própria religião.
A comunidade religiosa entretanto vê aos fundamentalistas como dissidentes e a controvérsia por vezes tem sido a razão suficiente para a formação de novas seitas e religiões, mas, freqüentemente são fundados grupos fundamentalistas com o objetivo de manter e guardar fiel e rigidamente os princípios religiosos ditos desnaturados e forçar uma aproximação interna com o mundo moderno atendendo aos referidos princípios fundamentais. Não raro isto se passa individualmente com religiosos mais zelosos e conscientes, que, independentemente da formação de grupos ativos continua a proceder e atender aos princípios fundamentais de modo conservar a doutrina e adotando-a como prática de vida.
Este fenômeno ocorreu e legou o uso do termo dos Fundamentalista Cristãos que surgiram no início do século XX com o protestantismo dos Estados Unidos, com a publicação do livro Os Fundamentos, livro que foi patrocinado por empresários e escrito por eruditos evangélicos conhecidos da época (recentemente uma tradução des livro foi publicada no Brasil pela Editora Hagnos).
O padrão do conflito entre os Fundamentalista Cristãos e os Cristãos modernos no cristianismo protestante tem notável aplicação comparativa às outras comunidades religiosas, e em seu uso como uma descrição destes aspectos correspondentes em caso contrário movimentos religiosos diversos o termo "fundamentalista" se tornou mais que só um termo qualquer um de ego-descrição ou de desprezo pejorativo.
Fundamentalismo é então um movimento pelo qual os partidários tentam salvar identidade religiosa da absorção pela cultura ocidental moderna, na qual a absorção tem proporção de um processo irreversível na comunidade religiosa mais ampla, necessitando da afirmação de uma identidade separada baseada nos princípios fundamentais da religião.
Os fundamentalista acreditam que a sua causa é de grave e cósmica importância. Eles vêem a si mesmo como protetores de uma única e distinta doutrina, modo de vida e de salvação. A comunidade, compreensivelmente centrara-se num modo de vida preponderantemente religioso em todos os seus aspectos, é o compromisso dos movimentos fundamentalistas, e atrai então não apenas os que compreendem a distinção mas também outros insatisfeitos e os que julgam que a dissidência é distintiva, sendo vital à formação de suas identidades religiosas.
O muro de virtudes fundamentalista que protege a identidade do grupo é instituído não só em oposição a religiões estranhas, mas também contra os modernizadores com os quais compactuam, continuar numa versão nominal da sua própria religião.
No cristianismo, o fundamentalismo foi uma reação contra o modernismo que estava começando a se espalhar nas igrejas dos Estados Unidos e uma afirmação na inspiração divina e inerrância da Bíblia e ressureição e retorno de Jesus Cristo, doutrinas consideradas fundamentais do Evangelho (daí o nome fundamentalista) que os teólogos modernistas já não criam que eram verdadeiras.
No islamismo eles são jama'at que em linguagem árabe significam enclaves (religiosos) com conotações de irmandade fechada) ego-conscientemente flertam com o jihad na luta contra a cultura ocidental que suprime o Islam autêntico que implica submissão ao modo de vida prescrito na (determinação divina) contida na Charia.
No judaísmo eles são os judeus Haredi que se julgam os "verdadeiros judeus da Torah" que se alimentam, se vestem e enfim vivem estritamente no modo religioso. Existem equivalentes no hinduísmo e outras religiões mundiais.
Estes grupos que insistem na existência de um agudo limite entre eles e os partidários fiéis de outras religiões, e finalmente entre uma "visão sagrada" da vida e do "mundo secular" e da sua "religião nominal".
Com suas críticas, os fundamentalistas objetivam atrair e converter os religiosos da comunidade maior, tentando convence-los de que eles não estão experimentando a versão autêntica da religião professada.
Em poucos jornais, o uso do termo tem sido evitado por ter adquirido uma carga muito pejorativa nos ultimos tempos. De qualquer forma, ele ainda é utilizado com pouca propriedade na maioria dos veículos.
No Manual de Redação da Folha de S.Paulo há a ressalva: "ser fundamentalista não implica ter atitudes extremas. Quem o faz é denominado extremista e não fundamentalista".
Fonte de Pesquisa: Wikipédia
Adaptação de Texto: Antonio Luis
Em muitos casos, o fundamentalismo religioso é um fenômeno moderno, caracterizado pelo senso de esvaziamento do meio cultural, até mesmo onde a cultura pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários. O termo pode também se referir especificamente à crença ou convicção de que algum texto ou preceito religioso seja infalível e historicamente preciso ainda que contrários ao entendimento de estudiosos modernos.
"De acordo com Antoun, os fundamentalistas no Judaismo, Cristianismo, e Islamismo, a despeito de suas diferenças de doutrina e prática religiosas, estão unidos por uma visão comum do mundo que ancora toda a vida na autoridade do sagrado e num ‘’ethos’’ compartilhado que se expressa através da afronta ao compasso e extensão da secularização.
Entretanto, grupos que se auto-intitulam fundamentalistas ou que se descrevem nestas condições, frequentemente rejeitam o termo por causa das suas conotações negativas ou porque insinua semelhança entre eles e outros grupos cujos procedimentos acham censuráveis.
Isto ocorreu entre os fundamentalistas cristãos que foram os criadores do termo e o assumiram com exclusividade até sua redefinição popular pela mídia na década de 1980 quando reportagens jornalísticas começaram a descrever o Hezbollah e outras facções islâmicas como fundamentalistas, durante os conflitos do Líbano. A partir daí a conotação negativa ficou prevalecendo.
Fundamentalistas cristãos que geralmente consideram o termo positivo quando referente a eles próprios, freqüente e fortemente objetam em se colocar numa mesma e única categoria com os fundamentalistas islâmicos e os agrupam em outra categoria. E até mesmo os que aceitam o termo de fundamentalistas islâmicos objetam quando são amplamente rotulados junto com facções que usam seqüestro, assassinato, e atos terroristas para alcançar os seus fins.
Entretanto não há nenhuma objeção para o uso do termo fundamentalista quando usado descrever só grupos Cristãos, e também nenhuma objeções para o uso do termo fundamentalista muçulmano.
Muitos muçulmanos também protestam contra o uso do termo ao se referir grupos Islâmicos, porque o termo ‘’islâmico’’ abrangeria todos os religiosos inerentes ao Corão, e os escritores ocidentais tem usado o termo só para se referir a grupos extremistas.
Além disso, a maioria dos grupos muçulmanos que também foram fortemente rotulados de fundamentalistas objeta ser colocada na mesma categoria com fundamentalistas cristãos o que eles vêem como religiosamente incorreto, pois não vem distinção teológica entre cristãos fundamentalista e não fundamentalistas. Distintos grupos de fundamentalistas cristãos ou islâmicos não usam o termo fundamentalista para referirem-se a eles próprios ou reciprocamente.
O livro de estilo da Associated Press recomenda que o termo fundamentalista não seja usado para qualquer grupo que não aplica o termo a si mesmo. Isto incluiria grupos fundamentalistas cristãos mas excluiria grupos islâmicos, porém alguns redatores e editores de notícias ignoram esta recomendação.
Fundamentalismo "é um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípios fundamental (ou vigente na fundação) da religião". Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso que intencionalmente resista a identificação com o grupo religioso maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.
A formação de uma identidade separada é julgada necessária por causa de uma percepção de que a comunidade religiosa perdeu a habilidade de se definir em termos religiosos, julgam que os "fundamentos" da religião foram perdidos por negligência ou desatenção configurando ato de separatismo ou divergência em termos estranhos impróprios e hostis à própria religião.
A comunidade religiosa entretanto vê aos fundamentalistas como dissidentes e a controvérsia por vezes tem sido a razão suficiente para a formação de novas seitas e religiões, mas, freqüentemente são fundados grupos fundamentalistas com o objetivo de manter e guardar fiel e rigidamente os princípios religiosos ditos desnaturados e forçar uma aproximação interna com o mundo moderno atendendo aos referidos princípios fundamentais. Não raro isto se passa individualmente com religiosos mais zelosos e conscientes, que, independentemente da formação de grupos ativos continua a proceder e atender aos princípios fundamentais de modo conservar a doutrina e adotando-a como prática de vida.
Este fenômeno ocorreu e legou o uso do termo dos Fundamentalista Cristãos que surgiram no início do século XX com o protestantismo dos Estados Unidos, com a publicação do livro Os Fundamentos, livro que foi patrocinado por empresários e escrito por eruditos evangélicos conhecidos da época (recentemente uma tradução des livro foi publicada no Brasil pela Editora Hagnos).
O padrão do conflito entre os Fundamentalista Cristãos e os Cristãos modernos no cristianismo protestante tem notável aplicação comparativa às outras comunidades religiosas, e em seu uso como uma descrição destes aspectos correspondentes em caso contrário movimentos religiosos diversos o termo "fundamentalista" se tornou mais que só um termo qualquer um de ego-descrição ou de desprezo pejorativo.
Fundamentalismo é então um movimento pelo qual os partidários tentam salvar identidade religiosa da absorção pela cultura ocidental moderna, na qual a absorção tem proporção de um processo irreversível na comunidade religiosa mais ampla, necessitando da afirmação de uma identidade separada baseada nos princípios fundamentais da religião.
Os fundamentalista acreditam que a sua causa é de grave e cósmica importância. Eles vêem a si mesmo como protetores de uma única e distinta doutrina, modo de vida e de salvação. A comunidade, compreensivelmente centrara-se num modo de vida preponderantemente religioso em todos os seus aspectos, é o compromisso dos movimentos fundamentalistas, e atrai então não apenas os que compreendem a distinção mas também outros insatisfeitos e os que julgam que a dissidência é distintiva, sendo vital à formação de suas identidades religiosas.
O muro de virtudes fundamentalista que protege a identidade do grupo é instituído não só em oposição a religiões estranhas, mas também contra os modernizadores com os quais compactuam, continuar numa versão nominal da sua própria religião.
No cristianismo, o fundamentalismo foi uma reação contra o modernismo que estava começando a se espalhar nas igrejas dos Estados Unidos e uma afirmação na inspiração divina e inerrância da Bíblia e ressureição e retorno de Jesus Cristo, doutrinas consideradas fundamentais do Evangelho (daí o nome fundamentalista) que os teólogos modernistas já não criam que eram verdadeiras.
No islamismo eles são jama'at que em linguagem árabe significam enclaves (religiosos) com conotações de irmandade fechada) ego-conscientemente flertam com o jihad na luta contra a cultura ocidental que suprime o Islam autêntico que implica submissão ao modo de vida prescrito na (determinação divina) contida na Charia.
No judaísmo eles são os judeus Haredi que se julgam os "verdadeiros judeus da Torah" que se alimentam, se vestem e enfim vivem estritamente no modo religioso. Existem equivalentes no hinduísmo e outras religiões mundiais.
Estes grupos que insistem na existência de um agudo limite entre eles e os partidários fiéis de outras religiões, e finalmente entre uma "visão sagrada" da vida e do "mundo secular" e da sua "religião nominal".
Com suas críticas, os fundamentalistas objetivam atrair e converter os religiosos da comunidade maior, tentando convence-los de que eles não estão experimentando a versão autêntica da religião professada.
Em poucos jornais, o uso do termo tem sido evitado por ter adquirido uma carga muito pejorativa nos ultimos tempos. De qualquer forma, ele ainda é utilizado com pouca propriedade na maioria dos veículos.
No Manual de Redação da Folha de S.Paulo há a ressalva: "ser fundamentalista não implica ter atitudes extremas. Quem o faz é denominado extremista e não fundamentalista".
Fonte de Pesquisa: Wikipédia
Adaptação de Texto: Antonio Luis
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