O Brasil já tem quase 191 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010, divulgado, nesta sexta-feira (29), pelo IBGE. Os recenseadores foram a todas as casas do país.
Foi um trabalho e tanto. Os recenseadores bateram na porta de 67,5 milhões domicílios com uma lista de perguntas. As repostas agora mostram o novo Brasil. Um país que já tem 190.755.799 habitantes. Somos 21 milhões a mais que em 2000, data do último Censo.
Mas o crescimento da população teve um ritmo menos acelerado que no passado. Taxa de 1,17% ao ano, a menor desde os anos 40.
Onde o Brasil cresceu mais? Onde as mulheres ainda têm mais filhos: na Região Norte. Mas não foi o único motivo: a população também aumentou com a chegada de gente de outros cantos do país. O mesmo aconteceu no Centro-Oeste, região com a segunda maior taxa de crescimento. A menor foi na Região Sul. Mas o Sudeste continua concentrando a maior parte da população brasileira.
E não para de chegar gente às cidades, que ganharam 23 milhões de habitantes em dez anos. São Paulo, Rio e Salvador ainda são as maiores cidades. Belo Horizonte caiu para sexto, ultrapassada por Brasília e Fortaleza.
E o censo mostrou que o ritmo de crescimento dessas grandes cidades diminuiu. As metrópoles brasileiras já não atraem mais tanta gente.
“É um fenômeno de descentralização. Agora outros também atraem. Então tem uma concorrência maior para atrair aquela mão de obra que está em busca de oportunidades”, explicou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.
As oportunidades fizeram Glauber e Letícia sair de Belo Horizonte para uma cidade menor: Palmas, no Tocantins, a capital que mais cresceu nos últimos dez anos. “Um oferta muito boa, uma valorização profissional melhor e de uma valorização também financeira melhor”, disse ele.
Anacaire saiu da pequena Maetinga, na Bahia, onde a população encolheu, e foi para uma cidade maior, Vitória da Conquista. “Tive que sair de lá por ser uma cidade que não tem estrutura”, contou.
Tanto a estudante quanto o casal decidiram ir para cidades que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, justamente as que mais cresceram.
O técnico em mecânica saiu de Sergipe com a família, atraído pelo emprego na indústria do petróleo, no estado no Rio.
Escolheu Rio das Ostras para morar, o lugar que mais cresceu em todo o país. “O custo de vida aqui é relativamente um pouco mais em conta”, contou ele.
A cidade cresceu e quem apostou nesse crescimento também. Foi o caso de uma empresa que, desde que se instalou lá, há dois anos, o faturamento triplicou e o número de funcionários também. Hoje já são dois turnos de trabalho e a empresa faz planos de funcionar 24 horas. Mais emprego para quem vive na cidade e para quem chega de fora também.
Eberson encontrou em Rio das Ostras a chance que não teve na Região Metropolitana do Rio, onde morava, e não pretende fazer o caminho de volta. “Pretendo me estruturar aqui realmente na cidade, eu acho que tem muito o que crescer e eu quero crescer junto”, afirmou.
Fonte: g1/JN
Edição: Antonio Luis
Foi um trabalho e tanto. Os recenseadores bateram na porta de 67,5 milhões domicílios com uma lista de perguntas. As repostas agora mostram o novo Brasil. Um país que já tem 190.755.799 habitantes. Somos 21 milhões a mais que em 2000, data do último Censo.
Mas o crescimento da população teve um ritmo menos acelerado que no passado. Taxa de 1,17% ao ano, a menor desde os anos 40.
Onde o Brasil cresceu mais? Onde as mulheres ainda têm mais filhos: na Região Norte. Mas não foi o único motivo: a população também aumentou com a chegada de gente de outros cantos do país. O mesmo aconteceu no Centro-Oeste, região com a segunda maior taxa de crescimento. A menor foi na Região Sul. Mas o Sudeste continua concentrando a maior parte da população brasileira.
E não para de chegar gente às cidades, que ganharam 23 milhões de habitantes em dez anos. São Paulo, Rio e Salvador ainda são as maiores cidades. Belo Horizonte caiu para sexto, ultrapassada por Brasília e Fortaleza.
E o censo mostrou que o ritmo de crescimento dessas grandes cidades diminuiu. As metrópoles brasileiras já não atraem mais tanta gente.
“É um fenômeno de descentralização. Agora outros também atraem. Então tem uma concorrência maior para atrair aquela mão de obra que está em busca de oportunidades”, explicou o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.
As oportunidades fizeram Glauber e Letícia sair de Belo Horizonte para uma cidade menor: Palmas, no Tocantins, a capital que mais cresceu nos últimos dez anos. “Um oferta muito boa, uma valorização profissional melhor e de uma valorização também financeira melhor”, disse ele.
Anacaire saiu da pequena Maetinga, na Bahia, onde a população encolheu, e foi para uma cidade maior, Vitória da Conquista. “Tive que sair de lá por ser uma cidade que não tem estrutura”, contou.
Tanto a estudante quanto o casal decidiram ir para cidades que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, justamente as que mais cresceram.
O técnico em mecânica saiu de Sergipe com a família, atraído pelo emprego na indústria do petróleo, no estado no Rio.
Escolheu Rio das Ostras para morar, o lugar que mais cresceu em todo o país. “O custo de vida aqui é relativamente um pouco mais em conta”, contou ele.
A cidade cresceu e quem apostou nesse crescimento também. Foi o caso de uma empresa que, desde que se instalou lá, há dois anos, o faturamento triplicou e o número de funcionários também. Hoje já são dois turnos de trabalho e a empresa faz planos de funcionar 24 horas. Mais emprego para quem vive na cidade e para quem chega de fora também.
Eberson encontrou em Rio das Ostras a chance que não teve na Região Metropolitana do Rio, onde morava, e não pretende fazer o caminho de volta. “Pretendo me estruturar aqui realmente na cidade, eu acho que tem muito o que crescer e eu quero crescer junto”, afirmou.
Fonte: g1/JN
Edição: Antonio Luis
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