Especialistas em saúde dizem que a dependência do crack não tem cura e que a primeira medida a ser tomada é o afastamento total do viciado da droga. Segundo a psiquiatra Analice Gigliotti, integrante do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, há a possibilidade de largar o crack, mas a libertação definitiva da droga não existe.
- Existe a possibilidade de a pessoa não usar mais crack, mas ela será uma dependente da droga para o resto da vida e não poderá ter contato com o crack, porque terá grande chance de recaída.
O psiquiatra Ivan Mario Braun, especialista no tratamento comportamental de dependências do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e autor do livro Drogas - perguntas e respostas, diz que o crack sai do organismo em poucos dias, mas o grande problema é se livrar completamente dele.
- A maioria das pessoas continua tendo recaídas. É como se a droga deixasse uma memória no cérebro. Essa memória é desencadeada em várias situações - tédio, cansaço, tristeza - ou mesmo para comemorar algum evento.
Ainda de acordo com o médico, o resultado positivo do tratamento demanda muito tempo.
- À medida que o tempo passa e a pessoa continua abstinente (ou limpa, como dizem os usuários), a vontade de usar e os riscos de recaída vão diminuindo. Mas, mesmo após muitos anos, pode haver risco (menor) de recaída. Se a pessoa persistir no tratamento e participar dele ativamente ao longo do tempo, os resultados podem ser bons. Infelizmente, grande parte espera resultados rápidos e acaba abandonando o tratamento.
Consequências do crack
Segundo Ivan, o usuário de crack pode ter fortes transtornos psicológicos durante e após o uso da droga.
- O crack leva, durante o seu uso, a comportamentos agressivos, hostis, hiperexcitados. Quando interrompido, nos primeiros dias, pode levar a sintomas depressivos e muita fissura. Ele também prejudica o desempenho cognitivo (raciocínio e capacidade de aprendizado). Esse prejuízo pode persistir por muito tempo, mesmo que a droga seja interrompida.
Além disso, de acordo com o médico, o uso excessivo da droga pode causar estragos nos dentes, traqueia, pulmões (lesão dos vasos pulmonares, processos inflamatórios, lesão dos alvéolos pulmonares e aumento da incidência de tuberculose).
De acordo com Analice, o uso de crack está diretamente ligado à violência, ao uso de outras drogas, ao sexo sem proteção e aos ambientes onde os usuários se envolvem. O tratamento, segundo ela, é bastante complexo.
- É necessário fazer uma avaliação psiquiátrica, avaliar se a pessoa tem transtorno de depressão, de bipolaridade, de ansiedade, e se está fazendo uso de outras drogas ao mesmo tempo. Depois, você vai para a parte médica. Existem medicamentos que podem ser usados no tratamento para diminuir a fissura do crack. É só fazer um acompanhamento médico.
Fonte: R7
Edição: Antonio Luis
- Existe a possibilidade de a pessoa não usar mais crack, mas ela será uma dependente da droga para o resto da vida e não poderá ter contato com o crack, porque terá grande chance de recaída.
O psiquiatra Ivan Mario Braun, especialista no tratamento comportamental de dependências do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) e autor do livro Drogas - perguntas e respostas, diz que o crack sai do organismo em poucos dias, mas o grande problema é se livrar completamente dele.
- A maioria das pessoas continua tendo recaídas. É como se a droga deixasse uma memória no cérebro. Essa memória é desencadeada em várias situações - tédio, cansaço, tristeza - ou mesmo para comemorar algum evento.
Ainda de acordo com o médico, o resultado positivo do tratamento demanda muito tempo.
- À medida que o tempo passa e a pessoa continua abstinente (ou limpa, como dizem os usuários), a vontade de usar e os riscos de recaída vão diminuindo. Mas, mesmo após muitos anos, pode haver risco (menor) de recaída. Se a pessoa persistir no tratamento e participar dele ativamente ao longo do tempo, os resultados podem ser bons. Infelizmente, grande parte espera resultados rápidos e acaba abandonando o tratamento.
Consequências do crack
Segundo Ivan, o usuário de crack pode ter fortes transtornos psicológicos durante e após o uso da droga.
- O crack leva, durante o seu uso, a comportamentos agressivos, hostis, hiperexcitados. Quando interrompido, nos primeiros dias, pode levar a sintomas depressivos e muita fissura. Ele também prejudica o desempenho cognitivo (raciocínio e capacidade de aprendizado). Esse prejuízo pode persistir por muito tempo, mesmo que a droga seja interrompida.
Além disso, de acordo com o médico, o uso excessivo da droga pode causar estragos nos dentes, traqueia, pulmões (lesão dos vasos pulmonares, processos inflamatórios, lesão dos alvéolos pulmonares e aumento da incidência de tuberculose).
De acordo com Analice, o uso de crack está diretamente ligado à violência, ao uso de outras drogas, ao sexo sem proteção e aos ambientes onde os usuários se envolvem. O tratamento, segundo ela, é bastante complexo.
- É necessário fazer uma avaliação psiquiátrica, avaliar se a pessoa tem transtorno de depressão, de bipolaridade, de ansiedade, e se está fazendo uso de outras drogas ao mesmo tempo. Depois, você vai para a parte médica. Existem medicamentos que podem ser usados no tratamento para diminuir a fissura do crack. É só fazer um acompanhamento médico.
Fonte: R7
Edição: Antonio Luis
Um comentário:
Olá blogueiro,
O crack merece a atenção de todos nós. O consumo aumentou, e não é mais raro encontrar usuários por perto. Essa droga traz malefícios aos dependentes, famílias e sociedade. Diante deste problema que pode atingir qualquer pessoa, independentemente de sexo, cor e classe social, precisamos unir forças na luta contra o crack. Saiba mais: http://bit.ly/gK3w8p.
Conheça os CAPS que estão espalhados em vários lugares do país para prestar auxílio aos dependentes: http://migre.me/2qkFl.
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Obrigado,
Ministério da Saúde
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