Policiais militares permanecem nesta quarta-feira ocupando as ruas que formam a chamada cracolândia, no centro de São Paulo, em continuidade à Operação Sufoco, iniciada ontem (3).
Os PMs retiram dependentes químicos de casas abandonadas e fazem guarda nas entradas para evitar novas invasões.
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
Casas abandonadas invadidas por usuários de crack têm lixo e pichação; veja galeria de fotos da cracolândia |
Com as rondas feitas pelos cerca de cem policiais que participam da operação, os dependentes de drogas que costumavam se aglomerar na rua Helvétia migraram para outros pontos da região. A reportagem flagrou grupos pequenos, por exemplo, na praça Princesa Isabel.
Apesar da operação, não foi registrada nenhuma ocorrência no local durante a madrugada. Ontem, duas mulheres foram presas em flagrante com 100 pedras de crack. Outras seis pessoas foram levadas para a delegacia e, depois, liberadas.
Inicialmente, a ação está planejada para acontecer até o dia 31 de janeiro, mas poderá ser estendida. Além de reprimir o tráfico de drogas, a polícia pretende também buscar procurados da Justiça e diz querer criar um ambiente mais seguro que permita a ação de assistentes sociais e médicos no auxílio aos dependentes.
Segundo oficiais ouvidos pela Folha, a operação também foi motivada porque o número de usuários de crack estava tão grande nos últimos meses que trechos de ruas chegavam a ficar interditadas, impedindo o direito de ir e vir.
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou ontem que 7,5 toneladas de lixo das imediações --principalmente nas alamedas Cleveland e Dino Bueno e rua Helvétia-- foram recolhidas por uma equipe de 75 funcionários da limpeza e nove veículos, entre eles tratores com pá carregadeira.
Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis
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