Estudo observou que, enquanto consumo de carne vermelha aumenta chances de derrames, aves, peixes e leite são benéficos na prevenção do problema
Carne vermelha: o consumo do alimento pode aumentar risco de AVC, mas substituí-lo por frango ou peixe, por exemplo, diminui essa chance (Thinkstock)
Enquanto o consumo de carne vermelha está associado ao aumento da incidência de acidente vascular cerebral (AVC), a ingestão de outras proteínas, principalmente das vindas de aves, está associada à diminuição desse risco. É o que conclui uma nova pesquisa feita pelo Instituto de Bem Estar da Clínica de Cleveland, nos Estados Unidos, e publicada na versão online do periódico Stroke.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Dietary Protein Sources and the Risk of Stroke in Men and Women
Onde foi divulgada: periódico Stroke
Quem fez: Adam M. Bernstein, An Pan, Kathryn M. Rexrode, Meir Stampfer, Frank B. Hu, Dariush Mozaffarian e Walter C. Willett
Instituição: Instituto de Bem Estar da Clínica de Cleveland, Estados Unidos
Dados de amostragem: 84.010 mulheres de 30 a 35 anos e 43.150 homens de 40 a 75 anos
Resultado: Homens que consumiam mais carne vermelha tinham 28% mais chances de terem um AVC, e mulheres, 19%. Substituir uma proção de carne vermelha por uma de frango reduziu em 27% o risco de derrame cerebral; por uma porção de peixe ou castanhas reduziu em 17%; e por leite, diminuiu essa taxa em 11%.
Os pesquisadores aplicaram questionários durante 26 anos a 84.010 mulheres com idades entre 30 e 35 anos e a 43.150 homens de 40 a 75 anos. Quando o estudo começou, nenhum deles tinha câncer diagnosticado, diabetes ou doença cardiovascular. Durante esse período, foram registrados 2.633 casos de AVC entre as mulheres e 1.397 entre os homens. Para observarem a relação entre incidência de derrames e hábitos alimentares, os pesquisadores dividiram os participantes em grupos de acordo com a quantidade de carne vermelha, aves, peixes, laticínios e outras fontes de proteína que normalmente ao dia.
Carne vermelha– Os resultados mostraram que homens que ingeriam mais de duas porções de carne vermelha ao dia — o equivalente a uma carne de 120 a 170 gramas — e que representavam o grupo que mais consumia o alimento, tiverem um aumento de 28% no risco de derrame quando comparados com aqueles que comiam, em média, um terço de uma porção de carne vermelha por dia, que era a quantidade correspondente ao grupo que menos comia o alimento.
Em relação às mulheres, aquelas que consumiam perto de duas porções de carne ao dia tinham 19% a mais de chances de terem um AVC do que mulheres que comiam menos da metade de uma porção do alimento ao dia.
Outras proteínas– Quando observado o consumo de outros alimentos, os pesquisadores puderam concluir que aqueles que substituíam uma porção de carne vermelha ao dia por uma porção de ave reduziam o risco de derrame em 27%. Essa redução foi de 17% quando trocavam a carne vermelha por uma porção de castanhas ou peixe, e 11% por uma porção de leite. O estudo não observou associações significativas com a substituição de carne vermelha por legumes ou ovos.
"A mensagem principal deste trabalho é que o tipo de proteína ou o conjunto de proteínas que comemos é muito importante para o risco de acidente vascular cerebral. Temos que considerar a proteína no contexto dos alimentos", disse Frank Hu, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard e um dos autores do estudo, à agência Reuters.
Fonte: Veja Online
Edição: Antonio Luis
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