sexta-feira, 29 de julho de 2011

Relatório do 447 aponta erro de pilotos; leia a íntegra


O relatório divulgado nesta sexta-feira pelo BEA, órgão do governo francês que investiga o acidente com o voo 447 da Air France, aponta uma sequência de erros dos pilotos. O voo fazia o trajeto Rio-Paris e caiu no Atlântico em 2009, matando 228 pessoas. Leia a íntegra do relatório aqui.
Leia a íntegra do relatório sobre o acidente
Veja em flash como foi a queda do voo 447
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Corpos de vítimas do voo 447 chegam à capital francesa
Saiba como foram os últimos minutos do voo 447
Leia cobertura completa sobre o voo 447
Dados da investigação divulgados anteriormente mostraram que outro fator fundamental que levou à queda do Airbus A330 foi o congelamento do tubos pitot (sensores de velocidade), que pararam de funcionar. Sem as informações de velocidade, outros dados do sistema da aeronave ficaram inválidos e a operação ficou comprometida.
O relatório de hoje foi dividido em três fases: do início da gravação do CVR (Cockpit Voice Recorder) --que grava a conversa da cabine-- até a desconexão do piloto automático; do piloto automático desativado até o disparo do alarme de estol (que indica a perda de sustentação aerodinâmica); e do alarme de estol até o fim do voo.
Na primeira fase, diz o órgão francês, o comandante de bordo Marc Dubois deixou a cabine "sem recomendações operacionais claras" e não havia divisão explícita das tarefas entre os dois copilotos, David Robert e Pierre-Cedric Bonin.
A gravação de voz mostra que os tripulantes identificaram, no radar meteorológico do avião, que passariam por uma zona de turbulência. Para desviar, fizeram um desvio de 12 graus em relação à rota prevista. No relatório, o BEA não detalha quais atitudes foram tomadas por quais pilotos no voo.
"Em dois minutos devemos atacar uma área onde deve haver um pouco mais de turbulência que agora e devemos tomar cuidado", disse o primeiro piloto.
Logo em seguida, na segunda fase apontada no relatório, o piloto automático é desativado e o copiloto diz: "Eu tenho os comandos". O piloto automático permanecerá desligado até o final do voo.
A aeronave se inclina para a direita, e o copiloto faz uma manobra à esquerda e tenta elevar o nariz. O alarme de estol --que indica perda de sustentação no ar-- dispara duas vezes.
Segundo o BEA, também "houve incoerência entre as velocidades medidas, presumivelmente como resultado da obstrução das sondas Pitot em ambiente de cristais de gelo".
O relatório reafirma que o comandante Dubois estava descansando quando o piloto automático foi desligado, e que foi chamado diversas vezes antes de chegar à cabine. O comandante Dubois entrou na cabine cerca de 1min30s depois.
Os copilotos, diz o relatório, apesar de terem identificado a perda das indicações de velocidade, não recorreram ao procedimento de "IAS [indicação da velocidade do ar] questionável". Segundo o BEA, eles não haviam recebido treinamento sobre pilotagem manual nem para o procedimento "IAS questionável" em altas altitudes.
Na terceira fase, desde que soou o alarme anunciando a perda de sustentação, o BEA atesta que "o avião saiu do domínio de voo como resultado das ações de pilotagem manual" --ou seja, das decisões do piloto, principalmente de elevar o nariz da aeronave.
Apesar disso, o ângulo de ataque (ângulo formado entre o vento relativo e o eixo da asa da aeronave), que determina se o avião desce ou sobe, não estava aparecendo aos pilotos, segundo o relatório.
Nenhum dos pilotos, segundo o documento, identificou formalmente a situação de estol. O alarme foi acionado de maneira contínua durante 54 segundos e parou de soar quando as indicações de velocidade se tornaram inválidas.
Segundo o BEA, quando as velocidades medidas são inferiores a 60 nós (111 km/h), as medições do ângulo de ataque são consideradas inválidas e não são considerados pelo sistema de voo. Quando são inferiores a 30 nós (55 km/h), os próprios valores de velocidade são considerados inválidos.
Por fim, diz o relatório, não houve problemas nos motores do Airbus, que responderam a todos os comandos da tripulação.
Durante o voo, finaliza o relatório, nenhum anúncio foi feito aos passageiros e não há registro de nenhuma mensagem de socorro emitida pela tripulação.
Os registros param às 23h14min28s do dia 31 de maio. Os últimos dados registrados pela caixa-preta são de 16,2 graus de elevação do nariz, inclinação lateral de 5,3 graus à esquerda, rumo magnético de 270 graus e velocidade vertical de 10.912 pés por minuto (200 km por hora).
Johann Peschel/Bea/Ecpad/France Presse
Uma das turbinas do Airbus A330 da Air France foi retirada do fundo do mar; veja outras fotos
Uma das turbinas do Airbus A330 da Air France foi retirada do fundo do mar; veja outras fotos


Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Três milhões de brasileiros têm hepatite; só 30 mil são tratados


Silenciosa e com alto poder de contágio, a hepatite já infecta um terço da população mundial --cerca de 2 bilhões de pessoas-- causando mais de 1 milhão de mortes todos os anos.
Os dados foram divulgados nesta semana pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que marca nesta quinta-feira primeiro Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.
Anvisa aprova registro de novo medicamento contra hepatite C
Um terço da população mundial foi infectada por hepatite, diz OMS
A hepatite pode ser provocada por múltiplos fatores, incluindo bactérias e alguns medicamentos, mas a principal razão de alarme entre os especialistas são as hepatites virais: os tipos A, B, C, D e E.
O vírus da hepatite é mais contagioso e resistente do que o HIV e também pode ser transmitido sexualmente.
"Hoje a principal forma de contrair hepatite B é por via sexual. Embora na hepatite C também seja possível, esses casos são muito mais raros", diz Raymundo Paraná, presidente da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia). Estima-se que haja 3 milhões de infectados pelas hepatites B e C no Brasil. "A hepatite está para o câncer de fígado como o cigarro está para o de pulmão", comparou Paraná.
Apesar da recente redução dos casos de hepatite A e C no país, os números do tipo B só cresceram na última década. Em 1999, foram 473 casos, contra 14.601 em 2009.
Os números de 2010 serão divulgados hoje pelo Ministério da Saúde que, questionado pela reportagem, não informou se houve redução.
Para conter esse avanço, o órgão determinou, no ano passado, a ampliação progressiva da idade-limite para receber a vacina gratuitamente para quem não está em grupos de risco, como profissionais de saúde e limpeza.
O teto, que era de 19 anos em 2010, passou para 24 neste ano. Em 2012, o limite será ampliado mais uma vez, agora para 29 anos.
"O Brasil é muito grande e não há um padrão único de contaminação. Com o avanço do saneamento básico, a hepatite A, transmissível pela água contaminada, foi sendo empurrada para as áreas mais carentes", explica Maria Cássia Mendes Correa, da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) e coordenadora de hepatites virais do Hospital das Clínicas da USP.
A hepatite costuma ser assintomática em seus anos iniciais. Por isso, as pessoas infectadas costumam descobrir a doença quando ela já está em fase avançada.
Atualmente, há cerca de 30 mil pessoas em tratamento no país. O que corresponde a só cerca de 1% dos infectados. "Há uma evidente necessidade de ampliar o diagnóstico", completa Correa.
Os muitos efeitos colaterais do tratamento também costumam ser um empecilho. Além dos inconvenientes físicos, é comum que os pacientes tomem mais de 20 comprimidos por dia.
"Os efeitos colaterais existem, mas são contornáveis. É infinitamente melhor sofrê-los do que não tratar."
Editoria de arte/folhapress
Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Mais da metade dos brasileiros são contra união gay, diz Ibope


Uma pesquisa do Ibope Inteligência divulgada nesta quinta-feira mostra que 55% dos brasileiros são contrários à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que reconheceu a união de casais do mesmo sexo.

O estudo, realizado entre os dias 14 e 18 de julho, identifica que as pessoas menos incomodadas com o tema são as mulheres, os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas.
Sobre a decisão do STF, 63% dos homens e 48% das mulheres são contra. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis, enquanto 73% dos maiores de 50 anos são contrários.
Considerando a escolaridade, 68% das pessoas com a quarta série do fundamental são contra a decisão, enquanto apenas 40% da população com nível superior compartilha a opinião.
Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, 60% são contra. Já no Sul a proporção cai para 54% e, no Sudeste, 51%.
Questionados se aprovam a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, a proporção de pessoas contrárias é a mesma dos que não querem a união gay: 55%.
Apesar da maioria contrária à união gay, a pesquisa revela que o brasileiro, de modo geral, é tolerante com homossexuais em seu cotidiano.
Perguntados se se afastariam de um amigo caso ele revelasse ser homossexual, 73% disseram que não. A maioria também aprova totalmente que gays trabalhem no serviço público como policiais (59%), professores (61%) ou médicos (67%).
"Os dados mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais. Mas ainda se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças", afirma Laure Castelnau, diretora do Ibope Inteligência.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 142 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Brasileiro: Ronaldinho Gaúcho faz três em virada histórica do Flamengo contra Santos


Histórico. Não há outro adjetivo para descrever o confronto desta quarta-feira entre Santos e Flamengo, na Vila Belmiro, em duelo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em um duelo repleto de golaços, situações adversas e constrangedoras - vividas principalmente pelo meio-campista Elano -, um craque voltou a brilhar. Com três gols de Ronaldinho, que teve a melhor atuação desde o retorno ao País, o time rubro-negro derrotou o Santos pelo placar de 5 a 4 e voltou a incomodar os líderes dacompetição.
Dois dos candidatos ao título brasileiro nesta temporada, Santos e Flamengo realizaram um dos melhores jogos do futebol brasileiro nos últimos anos; certamente o melhor desta temporada. Somente na primeira etapa: Neymar marcou um gol de gênio; Elano passou uma situação extremamente constrangedora; o goleiro Felipe fez embaixadinhas e Ronaldinho relembrou os grandes momentos dos tempos de Europa com passes e dribles. Tais itens renderam aos torcedores seis gols, três para cada clube em 45 minutos.
O centroavante Borges, por duas vezes, e Neymar, com um gol antológico, colocaram o Santos em vantagem no primeiro tempo, aumentando a já grande festa do torcedor na Vila Belmiro. No entanto, Ronaldinho, Thiago Neves e Deivid, perto do fim, igualaram o marcador na noite desta quarta-feira. Tudo em apenas 45 minutos de partida.
Na segunda etapa, as equipes mantiveram o ritmo ofensivo, mas "diminuíram" a produção de gols; mas não em beleza. Neymar, com um toque preciso sobre Felipe, marcou o quarto para o Santos. Por outro lado, Ronaldinho, abusando de categoria e experiência, empatou, animando o time rubro-negro dentro de campo.
Duas vezes eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, Ronaldinho, no entanto, não terminou a brilhante atuação desta quarta-feira com a "malandragem" mostrada na cobrança da infração do quarto gol. Aos 35min, em contra-ataque puxado por Thiago Neves, o camisa 10 do Flamengo tocou com categoria no canto de Rafael e definiu a vitória do time carioca, que mantém a invencibilidade no Campeonato Brasileiro depois de 12 rodadas.
Depois da épica vitória na Baixada Santista, o Flamengo volta a campo no próximo sábado, às 18h30 (de Brasília), quando terá pela frente o Grêmio, no Estádio do Engenhão, que acabou reaberto nesta semana após o final dos Jogos Mundiais Militares. O Santos, por sua vez, vai a Curitiba, onde enfrentará o Atlético-PR, às 18h30, no domingo.
O jogo
Poucas vezes testemunhou-se na história do Campeonato Brasileiro um espetáculo tão grande quanto o do primeiro tempo na Vila Belmiro. Os 45min iniciais foram divididos por um início espetacular do Santos e uma reação tão impressionante quanto por parte do Flamengo. Aos 4min, Elano descolou um lindo passe para Borges, que com oportunismo abriu o placar. Aos 16min, o camisa 9 aproveitou rebote de Neymar, e, praticamente sem goleiro, tocou para aumentar a diferença, dando uma amostra do que estava por vir.
O primeiro grande momento da etapa inicial surgiu dos pés de Neymar. Quando o relógio apontava 25min, o camisa 11 dominou na ponta esquerda e com um toque tirou Léo Moura e Willians. Em seguida, o atacante tabelou com Borges e saiu à frente de Ronaldo Angelim. Com um drible humilhante, o jovem atleta passou pelo zagueiro flamenguista e finalizou com categoria para aumentar a vantagem do Santos, para festa do público na Vila Belmiro.
Aparentemente assegurada, a vitória santista, no entanto, acabou minada ainda na primeira etapa. Aos 28min, Ronaldinho aproveitou cruzamento de Luiz Antônio e diminuiu. Três minutos depois, Léo Moura foi à linha de fundo e cruzou na medida para Thiago Neves marcar o segundo, abrindo um enorme precedente para a mudança do panorama da partida.
Cenário, este, que poderia ser terminado na sequência por Elano. Aos 41min, Neymar sofreu pênalti e deu a bola para o meio-campista bater. Inexplicavelmente, o camisa 8 buscou a cavadinha e deu a bola nas mãos de Felipe, que ainda esnobou a tentativa do adversário ao fazer embaixadinhas depois da defesa. Foi a segunda penalidade desperdiçada pelo atleta, notabilizado por isolar sua cobrança na disputa contra o Paraguai, que sacramentou a eliminação do Brasil nas quartas de final da Copa América.
A chance animou o Flamengo, que empatou no lance seguinte. Aos 43min, Ronaldinho cobrou falta na primeira trave e viu Deivid desviar para as redes, empatando o jogo e sacramentando uma das melhores noites de futebol vista nos últimos anos nos gramados brasileiros.
A reação flamenguista, no entanto, acabou sendo aparentemente minada pelo clube da Vila Belmiro aos 5min da segunda etapa, e justamente por conta da inspiração de Neymar na noite desta quarta-feira. Léo descolou lindo passe e a bola sobrou limpa para o camisa 11, que tocou com categoria na saída de Felipe para colocar o Santos novamente à frente no marcador.
O segundo tempo manteve-se tão espetacular quanto o primeiro. O Flamengo, ao contrário do esperado, seguiu com o forte ritmo e acabou recompensado por intermédio de uma jogada genial de Ronaldinho. Aos 22min, o camisa 10 deu um drible maravilhoso na entrada da área e acabou derrubado. Na cobrança, ele mostrou grande sensibilidade e chutou rasteiro, não dando chances para uma reação da barreira, que pulou, e para o goleiro Rafael.
E Ronaldinho definiu o resultado na Vila Belmiro. Relembrando os bons tempos de Europa, o camisa 10 acompanhou contra-ataque puxado por Thiago Neves e recebeu dentro da área. Com calma, categoria e experiência, o camisa 10 chutou com precisão para anotar seu oitavo gol no Campeonato Brasileiro, assumindo a artilharia isolada e sacramentando a vitória para o Flamengo, que segue invicto na competição nacional.
Fonte: Terra
Edição: Antonio Luis

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Após voadora, goleiro é indiciado por tentativa de homicídio


O goleiro Gustavo Pereira de Lima, 18, foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado pela agressão ao volante Elivélton, do Vasco, em partida da Taça BH de juniores, na segunda-feira.
O jogador do Sport acertou uma voadora na altura da nuca do adversário, durante confusão nos acréscimos da partida.
O delegado Paulo Tavares Neto, de Barão de Cocais (a 93 km de Belo Horizonte), onde foi disputada a partida, irá ouvir amanhã a delegação do Sport e instaurar inquérito.
O clube pernambucano anunciou na manhã que pagará um tratamento psicológico para Gustavo, mas descartou qualquer possibilidade de voltar atrás na decisão de rescindir o contrato do goleiro.
"Ele está arrasado. Passou a noite toda chorando, abalado com as imagens que foram mostradas. O pessoal do Vasco conversou conosco, nos deu apoio. Esse é o momento de ajudá-lo", disse o supervisor das divisões de base do Sport, Carlos José.
Segundo ele, um advogado do clube já deixou Recife para acompanhar Gustavo e o restante do grupo em Minas Gerais.
"Quando voltarmos, vamos ter uma conversa melhor com a diretoria. Ele já foi punido pelas imagens, que deixaram uma mancha em sua carreira", completou.
Elivélton, que deixou o campo de ambulância, passou por novos exames e não teve lesão séria constatada.
Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Cadela sobrevive após ser enterrada viva em Blumenau (SC)


Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Uma cadela sobreviveu após ser enterrada viva na noite de segunda-feira (25) no município de Blumenau (139 km de Florianópolis), em Santa Catarina. A suspeita do crime, uma mulher de 68 anos, foi conduzida pela Polícia Militar a uma delegacia, mas foi liberada em seguida.
Divulgação/Aprablu
Cadela se recupera em associação após ser enterrada viva em Blumenau
Cadela se recupera em associação após ser enterrada viva
Segundo a Polícia Militar de Santa Catarina, o animal passou cerca de dez minutos debaixo da terra em um terreno na rua Antônio Zendron, no bairro de Valparaíso. A polícia chegou até o local por volta das 18h depois que vizinhos denunciaram que a suspeita (de identidade não divulgada) estava agredindo o animal com paus e pedras e depois começou a enterrá-lo.
De acordo com a Aprablu (Associação Protetora de Animais de Blumenau), o animal foi encontrado "quase morto", com ferimentos e hipotermia, mas agora está "se recuperando lentamente" após ser atendido por um médico veterinário.
"É um milagre que essa cadela tenha sobrevivido a essa crueldade. Ela é uma verdadeira guerreira, uma heroína", afirmou a associação, em nota. O animal, que ainda é filhote, ficará sob os cuidados da Aprablu enquanto se recupera dos ferimentos.
O caso foi registrado na Central de Polícia de Blumenau. A suspeita pode ser indiciada sob suspeita do crime de maus-tratos de animais, cuja a pena prevista é de três meses a um ano de detenção e multa.
Divulgação/Aprablu
Membros da Aprablu (Associação Protetora de Animais de Blumenau) cuidam da cadela
Membros da Aprablu (Associação Protetora de Animais de Blumenau) cuidam da cadela em Blumenau (SC)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Maranhão é o Estado com maior proporção de miseráveis


Apesar de ter tirado cerca de 600 mil pessoas da pobreza extrema na última década, o Maranhão ainda é o Estado que tem maior parcela da população vivendo com até R$ 70 mensais. É 1,7 milhão, de acordo com o último Censo, o que representa 25% dos 6,5 milhões de maranhenses.
A pobreza é evidenciada pela infraestrutura deficiente. O esgotamento sanitário, por exemplo, cobre só 12% dos domicílios e a coleta de lixo alcança só 25% deles.Veja especial Brasil com Miséria
O desenvolvimento econômico do Maranhão se sustentou em atividades concentradoras de riqueza, por isso os baixos níveis de renda, avaliaram especialistas ouvidos pela Folha. As suas bases são o agronegócio (baseado na soja), a pecuária bovina e a indústria de ferro.
A atual governadora é Roseana Sarney (PMDB), filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Ela está em sua quarta gestão no Estado, que também foi governado pelo próprio Sarney de 1966 a 1971. Os governadores seguintes foram eleitos com seu apoio, à exceção de Nunes Freire (1975-1979). A maioria deles, porém, rompeu com Sarney ao longo de suas gestões, mas foram sucedidos por aliados da família do senador.
Acusado de comandar a política no Estado, Sarney afirma não ter mais influência. A atual governadora diz que está investindo em infraestrutura para desenvolver o Maranhão.
Os pesquisadores avaliam que a melhoria de renda obtida na última década deve-se, em boa parte, às políticas do governo federal, como as transferências de renda e os ganhos do salário mínimo.
A retomada do crescimento maranhense após uma estagnação na década de 90 também ajudou. O PIB estadual cresceu a altas taxas, mas a distribuição dessa riqueza é o principal gargalo.
"Nosso mercado de trabalho é muito precário, não insere a população e os rendimentos são baixos", diz Maria Ozanira, coordenadora de grupo de pesquisa sobre pobreza na Ufma (Universidade Federal do Maranhão).
INFORMALIDADE
Dados de 2009 do IBGE mostram que 45% dos trabalhadores maranhenses são informais ou não têm a carteira de trabalho assinada.
Em estudo de 2008 no qual analisa a economia do Estado, o economista Benjamin de Mesquita, da Ufma, afirma que falta "comprometimento com o desenvolvimento local dos governos que se sucedem".
Um dos exemplos citados pelos estudiosos para ilustrar a questão é a Lei de Terras, aprovada em 1969, durante o governo Sarney, que alavancou o agronegócio, mas limitou a agricultura familiar. "A lei vendeu terras do Estado para grandes projetos agropecuários e causou uma concentração fundiária", diz o historiador Wagner Cabral, da Ufma.
A pobreza também é uma herança histórica: existem 527 comunidades remanescentes de quilombos no Maranhão, totalizando 1,3 milhão de pessoas, e 35 mil indígenas. Os quilombolas ainda lutam pela posse de seus territórios, mas é um processo demorado no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O agronegócio já ocupa quase o dobro do espaço da agricultura familiar: 8,4 milhões de hectares contra 4,5 milhões de hectares, respectivamente, de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE (2006). No entanto, a agricultura familiar é a fonte de renda de 850 mil pessoas, enquanto o agronegócio emprega apenas 133 mil.
Tampouco a indústria é intensiva em mão de obra: são 332 mil empregados, de acordo com a Federação das Indústrias do Maranhão.
O resultado desse cenário todo é que, dos 20 municípios com menor renda média do Brasil, 14 são maranhenses. No Estado, o rendimento médio mensal domiciliar, por pessoa, é de R$ 404,99, o menor do Brasil.

Fonte: Folha.com
Edição: Antonio Luis

Veja quem já foi demitido nos Transportes desde o início da crise


Pasta é alvo de denúncias de superfaturamento desde o começo do mês.
Com diretor-geral do Dnit, número de demitidos ou afastados chega a 17.

Débora SantosDo G1, em Brasília
A crise instalada no Ministério dos Transportes no começo deste mês pelas denúncias de superfaturamento em obras tem como saldo até esta segunda-feira (25) a demissão ou o afastamento de 17 funcionários da pasta. Os cortes atingiram principalmente servidores que atuavam nas áreas de operações, administração e análise técnica e pessoas ligadas ao PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.

O número chega a 17 porque, nesta segunda-feira (25), o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, pediu exoneração do cargo ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
As irregularidades foram publicadas pela revista “Veja” em 2 de julho e no mesmo dia Nascimento determinou o afastamento de funcionários da cúpula da pasta.
 
A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
No dia 6 de julho, então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro. Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.
Principal foco das irregularidades, o Dnit sofreu seis cortes, a maioria deles em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.
Diante das demissões de pessoas ligadas ao PR, o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que está negociando a elaboração de uma nota oficial que irá verbalizar o posicionamento do partido. Para Portela, o PR não pode ser “satanizado”: “Não estou mandando indireta para ninguém. Estou mandando direta mesmo. Em momento algum o PR criticou as saídas. Agora, essa integridade tem de ser adotada com todos. Satanizar o PR está desagradando."
AFASTAMENTOS E DEMISSÕES NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES APÓS INÍCIO DA CRISE
1- Alfredo Nascimento: ex-ministro dos Transportes (EXONERADO)
Pediu demissão no dia 4 de julho, pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro.
2 – Mauro Barbosa: ex-chefe de gabinete de Alfredo Nascimento (EXONERADO)
Demitido no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
3 - José Francisco das Neves: presidente da Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (Valec) (AFASTADO)
Afastado do cargo no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
4 - Luiz Tito Bonvini: assessor (EXONERADO)
Afastado no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras. Foi demitido dias depois.
5 - José Henrique Sadok de Sá: secretário-executivo do Dnit (AFASTADO)
Afastado no dia 15 de julho após o jornal ''Estado de S.Paulo'' publicar que a construtora da mulher de Sadok teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, vinculadas a convênios com o órgão.
6 - Estevam Pedrosa: subsecretário de Assuntos Administrativos do ministério (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
7 - Darcy Humberto Michiles: secretário de Fomento para Ações de Transportes (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário.
8 - José Osmar Monte Rocha: assessor com cargo temporário (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
9 - Luiz Claudio dos Santos Varejão: coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
10 - Mauro Sérgio Almeida Fatureto: coordenador-geral de Administração Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
11 - Maria das Graças Fernando: coordenadora da Comissão de Análise Técnica do Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário
12 - Eduardo Lopes: cargo comissionado no Ministério dos Transportes (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
13 - Cleilson Gadelha Queiroz: cargo comissionado de gerente de Licitações e Contratos da Valec (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
14 - Pedro Ivan Guimarães Rogedo: assessor da Valec (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
15 - Frederico Augusto de Oliveira Dias: assessor da diretoria-geral do Dnit (DEMITIDO)
Demitido no dia 15 de julho, após denúncia do jornal "Folha de S.Paulo" de que ele atuaria como assessor da diretoria-geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo. O diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, definiu Frederico Augusto como "boy".
16 - Hideraldo Caron: diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit (PEDIU EXONERAÇÃO)
Único representante do PT na cúpula do órgão, foi citado pela revista "Veja" por supostamente autorizar, de modo irregular, recursos adicionais para obras rodoviárias em andamento. Ele entregou pedido de exoneração ao ministro dos Transportes na sexta-feira (22).

17 - Luiz Antônio Pagot: diretor-geral do Dnit (PEDIU EXONERAÇÃO)
No centro da crise envolvendo denúncias de superfaturamento em obras do órgão, o diretor estava em férias desde 4 de julho e deixou o cargo após constatar que não contava com apoio político para seguir no Dnit.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis