Pasta é alvo de denúncias de superfaturamento desde o começo do mês.
Com diretor-geral do Dnit, número de demitidos ou afastados chega a 17.
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A crise instalada no Ministério dos Transportes no começo deste mês pelas denúncias de superfaturamento em obras tem como saldo até esta segunda-feira (25) a demissão ou o afastamento de 17 funcionários da pasta. Os cortes atingiram principalmente servidores que atuavam nas áreas de operações, administração e análise técnica e pessoas ligadas ao PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.
O número chega a 17 porque, nesta segunda-feira (25), o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, pediu exoneração do cargo ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
O número chega a 17 porque, nesta segunda-feira (25), o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, pediu exoneração do cargo ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
As irregularidades foram publicadas pela revista “Veja” em 2 de julho e no mesmo dia Nascimento determinou o afastamento de funcionários da cúpula da pasta.
A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
No dia 6 de julho, então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro. Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.
Principal foco das irregularidades, o Dnit sofreu seis cortes, a maioria deles em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.
Diante das demissões de pessoas ligadas ao PR, o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que está negociando a elaboração de uma nota oficial que irá verbalizar o posicionamento do partido. Para Portela, o PR não pode ser “satanizado”: “Não estou mandando indireta para ninguém. Estou mandando direta mesmo. Em momento algum o PR criticou as saídas. Agora, essa integridade tem de ser adotada com todos. Satanizar o PR está desagradando."
AFASTAMENTOS E DEMISSÕES NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES APÓS INÍCIO DA CRISE
1- Alfredo Nascimento: ex-ministro dos Transportes (EXONERADO)
Pediu demissão no dia 4 de julho, pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro.
Pediu demissão no dia 4 de julho, pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro.
2 – Mauro Barbosa: ex-chefe de gabinete de Alfredo Nascimento (EXONERADO)
Demitido no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
Demitido no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
3 - José Francisco das Neves: presidente da Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. (Valec) (AFASTADO)
Afastado do cargo no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
Afastado do cargo no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras.
4 - Luiz Tito Bonvini: assessor (EXONERADO)
Afastado no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras. Foi demitido dias depois.
Afastado no dia 2 de julho, depois de denúncias de superfaturamento de obras e de ser revelado um suposto esquema de recebimento de propina de construtoras. Foi demitido dias depois.
5 - José Henrique Sadok de Sá: secretário-executivo do Dnit (AFASTADO)
Afastado no dia 15 de julho após o jornal ''Estado de S.Paulo'' publicar que a construtora da mulher de Sadok teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, vinculadas a convênios com o órgão.
Afastado no dia 15 de julho após o jornal ''Estado de S.Paulo'' publicar que a construtora da mulher de Sadok teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, vinculadas a convênios com o órgão.
6 - Estevam Pedrosa: subsecretário de Assuntos Administrativos do ministério (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
7 - Darcy Humberto Michiles: secretário de Fomento para Ações de Transportes (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário.
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário.
8 - José Osmar Monte Rocha: assessor com cargo temporário (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
9 - Luiz Claudio dos Santos Varejão: coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
10 - Mauro Sérgio Almeida Fatureto: coordenador-geral de Administração Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
11 - Maria das Graças Fernando: coordenadora da Comissão de Análise Técnica do Dnit (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário
Demitido no dia 19 de julho, a pedido do próprio funcionário
12 - Eduardo Lopes: cargo comissionado no Ministério dos Transportes (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
13 - Cleilson Gadelha Queiroz: cargo comissionado de gerente de Licitações e Contratos da Valec (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
14 - Pedro Ivan Guimarães Rogedo: assessor da Valec (EXONERADO)
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
Demitido no dia 19 de julho, como parte dos “ajustes” anunciados pelo ministro Paulo Sérgio Passos, após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.
15 - Frederico Augusto de Oliveira Dias: assessor da diretoria-geral do Dnit (DEMITIDO)
Demitido no dia 15 de julho, após denúncia do jornal "Folha de S.Paulo" de que ele atuaria como assessor da diretoria-geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo. O diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, definiu Frederico Augusto como "boy".
Demitido no dia 15 de julho, após denúncia do jornal "Folha de S.Paulo" de que ele atuaria como assessor da diretoria-geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo. O diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, definiu Frederico Augusto como "boy".
16 - Hideraldo Caron: diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit (PEDIU EXONERAÇÃO)
Único representante do PT na cúpula do órgão, foi citado pela revista "Veja" por supostamente autorizar, de modo irregular, recursos adicionais para obras rodoviárias em andamento. Ele entregou pedido de exoneração ao ministro dos Transportes na sexta-feira (22).
17 - Luiz Antônio Pagot: diretor-geral do Dnit (PEDIU EXONERAÇÃO)
No centro da crise envolvendo denúncias de superfaturamento em obras do órgão, o diretor estava em férias desde 4 de julho e deixou o cargo após constatar que não contava com apoio político para seguir no Dnit.
Único representante do PT na cúpula do órgão, foi citado pela revista "Veja" por supostamente autorizar, de modo irregular, recursos adicionais para obras rodoviárias em andamento. Ele entregou pedido de exoneração ao ministro dos Transportes na sexta-feira (22).
17 - Luiz Antônio Pagot: diretor-geral do Dnit (PEDIU EXONERAÇÃO)
No centro da crise envolvendo denúncias de superfaturamento em obras do órgão, o diretor estava em férias desde 4 de julho e deixou o cargo após constatar que não contava com apoio político para seguir no Dnit.
Fonte: G1
Edição: Antonio Luis
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